A companhia Grupo Peixoto de Castro Participações anunciou um lucro líquido de R$ 7.56 milhões em 2018, valor 93,40% inferior ao lucro líquido apurado no ano anterior (R$ 114.46 milhões). Já a receita líquida da companhia aumentou 51,93% de um ano para o outro, passando de R$ 483.88 milhões em 2017 para R$ 735.14 milhões em 2018.
Os ativos totais da empresa GPC Participações (BOV:GPCP3) totalizaram R$ 853.85 milhões em 31 de dezembro de 2018, soma 6,91% maior que o saldo de R$ 798.65 milhões registrado no encerramento de 2017. Por sua vez, o patrimônio líquido da companhia apresentou aumento de 2,67%, ao compararmos todos os valores contábeis que os seus sócios possuíam no último dia de 2018 (R$ 187.65 milhões) com o último dia de 2017 (R$ 182.77 milhões).
Todos estes dados referem-se à consolidação do resultado financeiro da companhia GPC Participações (BOV:GPCP3 e BOV:GPCP4) com o resultado financeiro de todas as suas companhias subsidiárias (empresas controladas, de maneira direta ou indireta, pela companhia) relacionadas ao ano de 2018.
Resultado da GPC Participações no 4º trimestre de 2018
A companhia GPC Participações (BOV:GPCP4) anunciou um lucro líquido de R$ 7.22 milhões no 4º trimestre de 2018, valor 94,30% inferior ao lucro líquido apurado no mesmo período do ano anterior (R$ 126.58 milhões). Já a receita líquida da companhia aumentou 40,83% de um ano para o outro, passando de R$ 138.18 milhões no 4º trimestre de 2017 para R$ 194.6 milhões no 4º trimestre de 2018.
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Conheça a GPC Participações
Fundado em 1929 pelo patriarca, Antônio Joaquim, o Grupo Peixoto de Castro já foi um dos mais importantes conglomerados do país. No auge, foi dono da Refinaria de Manguinhos e de cinco outras empresas.
A decadência financeira começou em 2005, quando a refinaria paralisou parte da produção em razão da alta do preço internacional do petróleo e da competição com a Petrobras.
Endividada, a família vendeu a empresa em dezembro de 2008. Os outros negócios do clã foram caindo como dominós. Em abril, o grupo pediu recuperação judicial para se proteger dos credores da dívida de 248 milhões de reais. As ações do grupo na bolsa de valores foram suspensas.
O pedido de recuperação judicial é efeito direto do rolo em que os Peixoto de Castro se meteram com seu banco, o Prosper — liquidado em 2012 pelo Banco Central após anos de problemas. Em 2008, durante a crise que se abateu sobre os bancos médios brasileiros, o Prosper esteve perto de quebrar.
Para continuar vivo, o banco negociou um empréstimo de cerca de 50 milhões de reais com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), órgão que protege depósitos de correntistas de bancos brasileiros. Mas a solução foi temporária. Em 2011, o patrimônio do Prosper ficou abaixo do patamar mínimo exigido pelo Banco Central.
Os donos resolveram vender. No fim de 2011, bateram à porta dos Índio da Costa, então donos do banco Cruzeiro do Sul e com quem tinham uma relação de longa data. Além de membros das duas famílias serem colegas no conselho consultivo do Jockey Club, no Rio de Janeiro, seus bancos venderam carteiras de crédito um ao outro no passado.
A compra do Prosper pelo Cruzeiro do Sul foi fechada no fim de 2011 por 55 milhões de reais (10 milhões para a família, 45 para pagar o empréstimo com o FGC). Só que, em junho do ano passado, o Banco Central interveio no Cruzeiro do Sul por suspeita de irregularidades.
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