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Japão quer vender projeto com aumento dos preços de cobre

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A JXTG Holdings Inc., um conglomerado de energia e mineração sediado no Japão, está explorando a venda de seu projeto de cobre Caserones, de propriedade majoritária no Chile, em um acordo que pode render cerca de US$ 1 bilhão, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Sinal de que o aumento dos preços do metal industrial está gerando acordos no setor de mineração.

O esforço de venda vem em meio a expectativas de força sustentada nos preços do cobre. Isso está sendo motivado, em parte, pela falta de investimento em novas minas e pela crescente demanda por veículos elétricos e híbridos, nos quais o metal é mais usado do que nos carros comuns.

O cobre subiu mais de 9% em 2019, com preço de US$ 6.465 a tonelada métrica, e alguns analistas prevêem que o metal poderá atingir US $ 7.165 a tonelada até 2023.

Cobre

Essa perspectiva ajudou a estimular acordos recentes. Em abril, a canadense Lundin Mining Corp. fechou um acordo de US$ 800 milhões para adquirir a mina de cobre Chapada no Brasil da Yamana Gold Inc. Isso ocorreu após a Lundin ter perdido em setembro para a chinesa Zijin Mining Group Ltd. a disputa pela aquisição de US$ 1,41 bilhão da Nevsun. Resources Ltd., produtora de cobre e outros metais.

Uma operadora global, a divisão de metais da JXTG está concentrada em atividades como mineração, refino e fundição. A empresa é a maior operadora de postos de gasolina no Japão. Também está envolvida em negócios de exploração de petróleo e no desenvolvimento de petroquímicos e lubrificantes, entre outros produtos.

A JXTG, juntamente com a Mitsui Mining & Smelting Co. Ltd. e a Mitsui & Co. Ltd. – uma das maiores tradings do Japão – adquiriu o projeto da mina Caserones em 2006 por US$ 137 milhões. Apoiados por empréstimos do Banco do Japão para Cooperação Internacional e outros credores, as empresas japonesas, que são proprietárias do projeto através da SCM Minera Lumina Copper Chile, desenvolveram o projeto em uma mina operacional nos próximos oito anos.

Como uma mina produtora, Caserones pode ser atraente para empresas que querem cobre sem gastar o dinheiro e o tempo necessários para desenvolver uma operação. O projeto destaca os riscos financeiros de desenvolver um projeto a partir do zero, à medida que seus custos de capital subiram para US$ 4,2 bilhões, de estimativas originais de cerca de US$ 2 bilhões.

O projeto também pode apelar para potenciais licitantes porque o Chile é visto como uma jurisdição de mineração favorável. Localizado nas montanhas dos Andes, no centro do Chile, o projeto Caserones tem uma vida útil de 28 anos e, nos três primeiros trimestres terminados em 31 de dezembro, produziu 103.000 toneladas de concentrado de cobre, uma matéria-prima usada na fundição, e catodo de cobre que fabricantes usam na fabricação de fios e tubos.

Dito isso, os problemas da mina podem deter o interesse do comprador. A JXTG teve uma perda por impairment de ¥65 bilhões (US$ 580 milhões) em conexão com a mina para o ano encerrado em 31 de março de 2018 devido a custos operacionais acima do esperado e déficits de produção. Os proprietários também enfrentam uma possível multa de mais de US$ 35,9 milhões por acusações feitas contra a SCM Lumina Copper Chile pela Superintendência do Meio Ambiente do Chile por extrair água em excesso de poços para o projeto.

 

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