A Braskem (BOV:BRKM5) registrou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 1,028 bilhão no primeiro trimestre do ano, queda de 2% ante o lucro de R$ 1,054 bilhão de um ano antes. O desempenho também reverte prejuízo de R$ 78 milhões do quarto trimestre de 2018.
Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia cresceu 5%, somando R$ 2,774 bilhões. Ante o trimestre imediatamente anterior foi apurada alta de 45%. A margem Ebitda subiu 1 ponto porcentual (p.p.) em relação ao informado um ano antes, de 20% para 21%. Em dezembro de 2018, a margem ficou em 13%.
Em dólares, o Ebitda somou US$ 729 milhões, apontando queda de 11% em um ano. Ante o trimestre anterior (US$ 501 milhões), houve expansão de 46%.
A receita líquida ficou estável no comparativo anual, para R$ 12,978 bilhões. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, porém, foi registrado declínio de 13%.
No primeiro trimestre, o resultado financeiro líquido consolidado ficou negativo em R$ 831 milhões, 71% superior a cifra negativa de R$ 487 milhões no mesmo intervalo de 2018 e 24% abaixo do resultado negativo de R$ 1,091 bilhão do quarto trimestre.
Reação do Mercado
Na reta final da manhã desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Braskem registram forte queda de 4,34% a R$ 41,85.
Na avaliação da Coinvalores, os números da companhia foram inflados por uma série de questões pontuais neste trimestre, incluindo a reversão de provisões e o reconhecimento de receita relacionado ao pagamento indevido de PIS e Cofins entre 2012 e 2017.
Para a equipe, a divulgação deve exercer pouca influência sobre os papéis da companhia, que continuam respondendo às incertezas relacionadas a uma possível troca de controle e aos desdobramentos do evento geológico em Maceió, onde as operações da Braskem são apontadas como potenciais responsáveis por rachaduras e desabamentos.