A Polícia Federal (PF) cumpriu na quarta-feira (15) cinco mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Acre, em uma investigação sobre a atuação ilegal de uma empresa que administrava investimentos com criptomoedas.
Foram apreendidos 2,8 Bitcoins que estavam em poder dos investigados e quatro carros de luxo.
A empresa, sediada no Espírito Santo, não teve seu nome revelado. A Polícia Federal, por meio de sua assessoria de comunicação diz que “o nome está sendo mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações”.
A operação que contou com a participação de 43 agentes da polícia Federal ganhou o nome de Operação Madoff, em alusão ao consultor financeiro Bernard Madoff, que criou um dos maiores esquemas de pirâmide da história.
Ainda assim, a Polícia Federal não fala se a empresa estava sob investigação por atuar em esquema de pirâmide financeira. A razão para isso é que “ainda seria muito cedo para afirmar tal coisa”.
Ela, contudo, esclareceu que “a empresa não atua no mercado de Forex”.
A companhia bem como os seus responsáveis estão sendo investigados por gestão fraudulenta, negociação de valores mobiliários sem autorização ou registro prévio se fazer funcionar como instituição financeira sem autorização legal e ainda por associação para o crime.
Além de ter expedido os mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal ainda determinou que as atividades da empresa fossem suspensas e que ela também removesse quaisquer de suas páginas na internet.
Bitcoins e carros de luxo apreendidos
O juiz também mandou que se bloqueasse todos os ativos que estejam em posse da empresa, incluindo nisso contas bancárias, carros, imóveis e até criptomoedas que estejam sendo custodiadas em exchanges.
A Polícia Federal diz que foram apreendidos quatro carros de luxo. Todos no Espírito Santo, sendo eles uma BWM, uma Chevrolet Blazer, Um Honda Civic e uma Mercedes Benz.
A Justiça autorizou a Polícia Federal de apreender criptomoedas em carteiras físicas ou digitais que estivessem com os investigados durante as buscas, sendo que esse procedimento foi o primeiro desse tipo no Brasil.
Apesar de não entrar em detalhes sobre como foram apreendidas a criptomoedas e em quais locais, a PF afirma que apreendeu 2.8 Bitcoins e que eles “foram transferidos para uma chave pública controlada pela Polícia Federal”.
De acordo com a investigação, essa empresa atuava em vários pontos do país e que o Acre e o Mato Grosso do Sul eram apenas alguns desses. “Nesses estados, estão alguns colaboradores da empresa”.
Por Alexandre Antunes