A Suzano Papel e Celulose (BOV:SUZB3) apresentou resultado financeiro referente ao primeiro trimestre de 2019. A companhia, uma das maiores produtoras de celulose e integradas de papel do mundo, apresentou resultado financeiro líquido negativo em R$ 1,936 bilhões no 1T19, comparado ao resultado positivo de R$ 1,679 bilhões no 4T18 e ao resultado negativo de R$ 427 milhões no 1T18.
A receita líquida da Suzano no 1T19 foi de R$ 5,699 bilhões. O volume total de vendas de papel e celulose no trimestre foi de 2.003 mil toneladas, redução de 18% e 27% vs. 4T18 e 1T18, respectivamente.
O desempenho da receita líquida consolidada no 1T19 em relação ao 4T18 é explicado principalmente pelo menor volume de vendas de celulose (-17%) e pela queda do preço médio líquido de celulose em dólar (-4%) e valorização de 1% do Real (BRL) frente ao Dólar americano (USD).
Na comparação com o 1T18, a redução da receita líquida se deu principalmente pela queda de 30% no volume de vendas de celulose, parcialmente compensada pela elevação do preço médio líquido da celulose em BRL (+17%) em função da desvalorização do BRL médio frente ao USD (16%) e pela elevação na receita de papel (+19%), decorrente do maior preço.
O EBITDA Ajustado do 1T19 foi de R$ 2,761 bilhões, sendo a redução em relação ao 1T18 explicada, principalmente, pelo menor volume vendido de celulose e papel (-27%), além do maior CPV base caixa, conforme explicado anteriormente. Esses fatores foram parcialmente compensados pela valorização do USD frente ao BRL (-16%).
Já em relação ao 4T18, o EBITDA Ajustado foi impactado, principalmente, pelo menor volume vendido de celulose e papel, maior CPV base caixa, pela redução do preço médio líquido da celulose em dólar (-4%) e pelo menor câmbio médio.
Em 31 de março de 2019, a dívida líquida era de R$ 54 bilhões (US$ 14 bilhões) vs. R$ 24 bilhões (US$ 6 bilhões) e m 31 de dezembro de 2018. A variação é decorrente sobretudo do pagamento de aproximadamente R$ 28 bilhões para liquidação da transação com a Fibria.
No 1T19, os investimentos de capital totalizaram R$ 1,428 bilhões, sendo R$ 980 milhões com manutenção florestal e industrial. Os investimentos em Terras e Florestas totalizaram R$ 278 milhões visam a captura de ganhos às operações atuais, bem como a criação de opções ao crescimento do negócio.
Em 2019, o Capex estimado é de R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 4,0 bilhões de Capex de Manutenção e R$ 1,4 bilhão relacionados a compra de terras e florestas.
Em 31 de março de 2019, as ações SUZB3 estavam cotadas em R$ 46,55/ação e as ações SUZ estavam cotadas em US$ 24,13. Os papéis da companhia integram o Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3 – Bolsa, Brasil e Balcão, e também são negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) – Nível II.
Em 31 de março de 2019, o capital social da Companhia era representado por 1.361.263.584 ações ordinárias, sendo 12.042.004 ações ordinárias mantidas em tesouraria. O valor de mercado da Suzano, em 31 março de 2019, era de R$ 63,4 bilhões. O free float no 1T19 ficou em 53,3% do total das ações.
“O início de 2019 foi marcado por um cenário desafiador de mercado. A demanda por celulose no primeiro trimestre, tradicionalmente mais fraca no periodo, sofreu impactos adicionais decorrentes de incertezas relacionadas a fatores macroeconômicos e da baixa performance dos segmentos de papéis gráficos, principalmente nos mercados Asiático e Europeu. Entretanto, as condições mercadológicas sinalizaram um aquecimento da demanda ao final do trimestre sobretudo na Ásia”, diz o comunicado.
A Suzano comercializou o volume de 1.729 mil toneladas de celulose de mercado no 1T19 (incluindo volume de Klabin), sendo inferior em 17% ao 4T18 e 30% em relação ao 1T18, decorrente de sua estratégia comercial.