A Gafisa (BOV:GFSA3) reportou um prejuízo de R$ 12,7 milhões no segundo trimestre deste ano, representando uma queda de 49% sobre as perdas do mesmo período do passado e de 72% frente ao primeiro trimestre deste ano. No semestre, as perdas somam R$ 59 milhões, queda de 24,7%.
O Ebitda ajustado somou R$ 13,9 milhões, queda de 58% na comparação anual. A margem Ebitda ajustada atingiu 14,0%, alta de 2,1 pontos porcentuais. A receita líquida recuou 64,7%, para 99,6 milhões.
As vendas contratadas recuaram 83,7%, para R$ 56,2 milhões. Os distratos atingiram R$ 31,6 milhões, queda de 47,1%. A empresa não realizou lançamentos, destacando que ao longo do primeiro semestre se concentrou no processo de venda e monetização das unidades em estoque.
A Companhia encerrou o segundo trimestre de 2019 com uma geração de caixa positiva em R$ 6,9 milhões, excluindo o efeito do aumento de capital no valor de R$ 132,3 milhões.
A construtora encerrou junho com R$ 266,4 milhões de endividamento a vencer ainda este ano, ou 34,6% do total da dívida. O caixa e as disponibilidades somavam R$ 182,8 milhões.
Na visão dos analistas…
O Credit ressalta que o resultado da Gafisa veio razoavelmente alinhado com a projeção do banco depois de ajustados os não recorrentes. “A velocidade de vendas mais fraca (5%) deve ser monitorada nos próximos meses, mas acreditamos que o resultado trimestral tem uma menor relevância em função de os investidores estarem muito mais preocupados com o tamanho e preço do segundo aumento de capital.
Acreditamos que quem olhar o resultado pode acabar interpretando como positivo, mas continuamos um pouco mais negativos com o papel por acreditar que existe um risco razoável de diluição para os minoritários”, avalia o banco.