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Os juros caíram: como ficam os retornos dos investimentos de renda fixa?

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Mal o investidor brasileiro teve tempo para entender que os juros de dois dígitos ficaram para trás e agora está tendo que lidar com um achatamento adicional da taxa básica de juros, com impacto direto sobre suas aplicações de renda fixa.

O Banco Central decidiu hoje cortar a Selic em meio ponto percentual, de 6,00% para 5,50%, conforme o esperado pelo mercado financeiro. E tudo indica que terá espaço para mexer mais uma vez nos juros – até ontem, as previsões apontavam para uma taxa em 5% ao fim do ano, mas o corte poderá ser ainda mais agressivo. A XP, por exemplo, revisou a estimativa para a Selic em 2019 e projeta agora uma taxa de 4,5%, estável até o fim de 2020.

Na prática, as aplicações indexadas ao CDI passam a render menos, assim como a caderneta de poupança, cujo retorno está atrelado à Selic. Com a taxa básica de juros igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a rentabilidade da poupança é calculada a partir da soma de 70% da Selic anualizada e a Taxa Referencial (TR), zerada nos últimos dois anos.

Com a queda da Selic para 5,50% ao ano, a poupança passa a render abaixo de 4% ao ano e segue perdendo de aplicações atreladas ao CDI, como o título público Tesouro Selic.

A seguir, você confere como R$ 10 mil renderam nos últimos 12 meses e qual seria o retorno ao longo do próximo ano, considerando dois cenários para a Selic: num deles, a taxa fica em 5,5% por 12 meses e, no outro, cai para 5%. Nesses exemplos hipotéticos, os recursos seriam investidos na caderneta de poupança ou em aplicações que rendessem 100% e 120% do CDI. Os valores já são líquidos de Imposto de Renda (que é de 17,5% para aplicações pelo prazo de um ano a um ano e meio).

Cenário menos atrativo para a renda fixa
Cenários Poupança 100% do CDI 120% do CDI
Últimos 12 meses (até 31/08/2019) 4,52% R$10.452 5,18% R$10.518 6,22% R$10.622
Selic a 5,5% 3,85% R$10.385 4,54% R$10.454 5,45% R$10.545
Selic a 5% 3,50% R$10.350 4,13% R$10.413 4,95% R$10.495

Fonte: Economatica

Alternativas com a Selic mais baixa

Diante de um ambiente cada vez menos favorável para aplicações de renda fixa, quais alternativas estão na mesa hoje para o investidor?

Jorge Luis Prado, assessor de investimentos no escritório Sal Investimentos, cita os títulos públicos prefixados com vencimento em 2025, cujos preços podem subir mais com a queda dos juros e ser interessantes no curto prazo, para venda antes do vencimento, assinala. O papel paga hoje um retorno anual da ordem de 6,81% ao ano.

Oportunidades podem ser encontradas também em títulos indexados à inflação com prazos em 2024 e 2035, que ainda oferecem, na avaliação de Prado, bons prêmios. Os papéis estão sendo negociados hoje com retornos anuais de 2,77% e 3,56%, acrescidos da variação do IPCA.

O assessor destaca ainda como alternativas Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com prazo médio de três anos e rendimento de 120% do CDI, assim como produtos isentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Para valer a pena, contudo, as letras teriam que pagar acima de 100% do CDI. Vale lembrar que o fim do benefício fiscal desses ativos está em discussão no governo, o que poderia eliminar o ponto de maior atratividade do investimento.

Independentemente do patamar de juros, José Raymundo de Faria Júnior, planejador financeiro com certificação CFP, destaca a importância da diversificação do portfólio, sempre de acordo com o grau de aceitação de perda do investidor. Além da opção de prefixados com foco na venda antecipada, o especialista cita a necessidade de migração do portfólio para ativos mais arrojados, como fundos multimercados, ações e fundos imobiliários.

Já Rodrigo Barion, assessor de investimentos e planejador financeiro com certificação CFP da BR Investe, avalia que a maior parte dos prêmios de papéis prefixados já se esgotou. “Quem conseguiu comprar lá atrás já surfou [a valorização]; agora não encontramos mais taxas tão boas”, diz. Nos últimos 12 meses até agosto, os prefixados acumulavam valorização da ordem de 40%.

No Tesouro Direto, o planejador financeiro diz ver ainda uma “gordura” nos títulos atrelados à inflação, em especial no Tesouro IPCA+ 2035. Segundo ele, considerando a queda da Selic, as taxas oferecidas ainda são interessantes.

Para quem prefere aplicações conservadoras mas pode abrir mão da liquidez, Barion recomenda produtos de emissão bancária, como CDBs, com rendimento de 120% do CDI. Já para o investidor um pouco mais arrojado, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são opções, lembrando que embutem um maior risco e não contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Com juros na mínima histórica, não há caminho fácil: quem quiser mais rentabilidade terá que se mexer. “O momento é de conscientizar os investidores de que é preciso experimentar outros modelos de aplicação e sofisticar a carteira”, afirma o assessor de investimentos.

(Por InfoMoney)

Comentários

  1. Angelo Lattari diz:

    Ainda é uma das taxas mais altas do mundo !! Nas economias fortes as taxas são negativas para favorecer a economia do país como um todo valorizando a produção, os serviços e os preços em geral para a população ! Aqui a manipulação é feita para deixar os banqueiros e o capital predador internacional aplicados aqui , mais ricos à custa da penúria e pobreza das classes C,D e E que geralmente não têm acesso aos benefícios da renda de investimentos !!

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