Acompanhe o resumo da agenda econômica desta terça- feira (11/02/2020) e que está direcionando o mercado global. O destaque ficou com a ata do Banco Central do Brasil.
ÁSIA
Na Austrália, a confiança das empresas evaporou e as condições estabilizaram em níveis fracos, sugerindo que a economia está tendendo para os lados – presa na pista lenta. Em janeiro, o índice de condições de negócios permaneceu inalterado em +3, abaixo da média de longo prazo (de +6 desde 1997). Os números são do Governo Australiano.
EUROPA
No Reino Unido, a produção total diminuiu 0,8% no trimestre de outubro a dezembro de 2019, em comparação com o trimestre de julho a setembro de 2019. O resultado foi liderado pela produção industrial, que caiu 1,1%. A queda trimestral no setor manufatureiro se deve à fraqueza generalizada, com 11 dos 13 subsetores fornecendo contribuições descendentes, isso foi liderado por equipamentos de transporte, que caíram 1,9%. A produção aumentou 0,1% entre novembro de 2019 e dezembro de 2019, com a indústria fornecendo a maior contribuição para cima, aumentando 0,3%.
No Reino Unido, o PIB não apresentou crescimento no quarto trimestre de 2019, depois de um crescimento de 0,5% no terceiro trimestre de 2019. O crescimento do PIB no Reino Unido, quarto trimestre (janeiro a março) 2018 ao quarto trimestre (outubro a dezembro) 2019 Os números do PIB são do Governo Britânico.
No Reino Unido, o setor de construção aumentou 0,5% no quarto trimestre (outubro a dezembro) 2019 em comparação com o terceiro trimestre (julho a setembro) 2019, que foi impulsionado por um crescimento de 0,8% em novos trabalhos, que compensaram uma queda de 0,1% no crescimento em reparo e manutenção.
O aumento de 0,8% em novas obras no quarto trimestre de 2019 foi devido ao crescimento em todos os setores, exceto novas habitações privadas e outras novas obras públicas, que caíram 1,1%. As maiores contribuições positivas vieram de novas habitações comerciais e públicas privadas, que cresceram 2,5% e 8,4%, respectivamente. Os dados são do Governo Britânico.
No Reino Unido, o déficit comercial total subjacente (bens e serviços), excluindo ouro não monetário e outros metais preciosos, aumentou £ 4,0 bilhões para £ 6,5 bilhões no quarto trimestre (outubro a dezembro) de 2019, principalmente por causa do comércio de serviços.
O superávit do comércio de serviços reduziu £ 5,1 bilhões no quarto trimestre de 2019 em grande parte devido à inclusão de ajustes de equilíbrio do PIB. Excluindo ajustes do PIB e metais preciosos, o déficit comercial total aumentou em menos de £ 1,0 bilhão para £ 2,0 bilhões.
As exportações de metais preciosos aumentaram £ 11,2 bilhões, enquanto as importações caíram £ 2,1 bilhões no quarto trimestre de 2019, levando a balança comercial total (incluindo ouro não monetário e outros metais preciosos) a aumentar £ 9,3 bilhões, com um déficit de £ 3,4 libras, um superávit de £ 5,9 bilhões.
O déficit no comércio de mercadorias, excluindo mercadorias não especificadas (que inclui ouro não monetário), estreitou-se com os países da UE e aumentou com países não-UE.
Removendo o efeito da inflação, o déficit comercial total em termos de volume, excluindo bens não especificados, aumentou em £ 4,3 bilhões para £ 4,1 bilhões no quarto trimestre de 2019.
O déficit comercial total reduziu-se em £ 0,5 bilhão para £ 29,3 bilhões em 2019, com um estreitamento de £ 9,7 bilhões no déficit no comércio de mercadorias, compensado em grande parte por um estreitamento de £ 9,2 bilhões no excedente do comércio de serviços. Os dados são do Governo Britânico.
No Reino Unido, no quarto trimestre (outubro a dezembro) de 2019, a produção de serviços aumentou 0,1% em comparação com o terceiro trimestre (julho a setembro) de 2019. As atividades de educação, saúde humana e assistência social e imóveis deram a maior contribuição para esse crescimento, cada uma contribuindo com 0,05 pontos percentuais.
O Índice de Serviços aumentou 0,3% entre novembro de 2019 e dezembro de 2019, revertendo quase totalmente a queda de novembro. O setor de informação e comunicação foi o maior impulsionador do crescimento, contribuindo com 0,14 ponto percentual. A produção de serviços aumentou 1,3% entre o quarto trimestre de 2018 e o quarto trimestre de 2019. Os números também são do Governo Britânico.
CANADÁ
No Canadá não foram apresentados Indicadores.
ESTADOS UNIDOS
Nos Estados Unidos, o Índice de Otimismo das Pequenas Empresas subiu 1,6 pontos em janeiro, para 104,3, uma leitura entre os 10% principais de todas as leituras nos 46 anos de história da pesquisa. A expansão econômica continua sua trajetória histórica à medida que as pequenas empresas entram em 2020. Em seis dos 10 componentes do Índice mostraram melhorias, dois caíram e dois não foram alterados.
O Índice de Incerteza do NFIB subiu um ponto em janeiro, para 81. As tendências de ganhos reais melhoraram 5 pontos em janeiro, negando metade do declínio de 10 pontos de dezembro.
O percentual líquido de proprietários que esperam maiores volumes de vendas reais aumentou 7 pontos para 23%, com os proprietários um pouco mais certos das perspectivas de crescimento de vendas futuras. 7% líquidos de todos os proprietários (com ajuste sazonal) registraram vendas nominais mais altas nos últimos três meses, queda de 2 pontos em relação a dezembro.
O Índice de Incerteza do NFIB subiu 1 ponto de dezembro para 81, mas bem abaixo do pico de 86 observado no Índice de janeiro passado, após o encerramento do governo. Cerca de 14% dos proprietários esperam melhores condições de negócios.
A frequência dos relatórios de tendências positivas de lucro reverteu metade do declínio de dezembro, aumentando 5 pontos em janeiro. Até 33% dos que relatam lucros mais fracos culparam as vendas fracas, 27% culparam as mudanças sazonais usuais e 8% citaram custos de mão-de-obra, 6% citaram custos de materiais e 4% citaram mudanças de preço. Para aqueles que relatam lucros mais altos, 61% creditaram volumes de vendas. 17% creditaram a mudança sazonal usual.
A criação de novos empregos aumentou em janeiro, com um acréscimo médio de 0,49 trabalhadores por empresa, o nível mais alto desde março de 2019. Até 26% dos proprietários relataram encontrar trabalhadores qualificados como seu problema número um, 1 ponto abaixo do recorde de agosto. Até 56% relataram contratar ou tentar contratar (um aumento de 3 pontos), mas 49% relataram poucos ou nenhum candidato “qualificado” para os cargos que estavam tentando preencher.
Porcentagens historicamente altas de proprietários planejam aumentar a remuneração dos trabalhadores, pois buscam preencher vagas em aberto. Com ajuste sazonal, 36% líquidos reportaram aumento de remuneração (alta de 7 pontos) e 24% planejam fazê-lo nos próximos meses, inalterado em relação a dezembro. Até 8% citaram os custos de mão-de-obra como seu principal problema.
Nos Estados Unidos, o número de vagas de emprego caiu para 6,4 milhões (-364 mil) no último dia útil de dezembro, informou hoje o Departamento do Trabalho. Ao longo do mês, as contratações e separações foram pouco alteradas em 5,9 milhões e 5,7 milhões, respectivamente. Nas separações, a taxa de desistências e de demissões e descargas permaneceram inalteradas em 2,3% e 1,2%, respectivamente.
Ao longo do ano de 2019, o nível de vagas caiu 14,9%. Ao longo de dezembro, o número de vagas de emprego diminuiu para o total privado (-332.000) e foi pouco alterado para o governo. As maiores reduções de vagas de emprego foram em transporte, armazenamento e serviços públicos (-88.000), imóveis e aluguel e leasing (-34.000) e serviços educacionais (-34.000). O número de vagas de emprego caiu na região sul.
O número de contratações mudou pouco em 5,9 milhões em dezembro. A taxa de contratações mudou pouco em 3,9%. O nível de contratações aumentou em acomodações e serviços de alimentação (+69.000). O número de contratações aumentou na região oeste.
Nos Estados Unidos, a taxa de inadimplência para empréstimos hipotecários em propriedades residenciais de uma a quatro unidades caiu para uma taxa ajustada sazonalmente de 3,77% de todos os empréstimos pendentes no final do quarto trimestre de 2019, de acordo com a Pesquisa Nacional de Inadimplência da Associação de Bancos de Empréstimos (MBA). A taxa de inadimplência caiu 20 pontos base no terceiro trimestre de 2019 e 29 pontos base em relação ao ano anterior. A porcentagem de empréstimos nos quais as ações de execução hipotecária foram iniciadas no quarto trimestre permaneceu inalterada em 0,21%
Nos Estados Unidos estão previstas declarações de membros do Federal Reserve.
BRASIL
No Brasil, o IBGE apresentou nesta terça-feira o desempenho da indústria referente a dezembro de 2019, com ajuste sazonal, quando em 12 dos 15 locais pesquisados as taxas ficaram negativas, em linha com a queda de 0,7% da produção industrial.
Os recursos mais intensos foram em Mato Grosso (-4,7%); Rio de Janeiro (-4,3%) e Minas Gerais (-4,1%). Os maiores avanços foram no Paraná (4,8%) e no Pará (2,9%.). No acumulado do ano, sete dos 15 estados mostram taxas negativas, com destaque para Espírito Santo (-15,7%) e Minas Gerais (-5,6%), com quedas mais intensas que a média nacional (-1,1%). Já as maiores altas foram no Paraná (5,7%), Amazonas (4,0%) e Goiás (2,9%).
No Brasil, o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na definição da taxa básica de juros, a Selic. Essa é a conclusão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que decidiu na semana passada reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual para 4,25% ao ano.
O Copom afirmou que é “importante” observar os efeitos dos cortes já feitos na taxa Selic e indicou que pode interromper o ciclo de reduções. O atual ciclo de cortes teve início no fim de julho de 2019, com queda da taxa em 0,5 ponto percentual para 6% ao ano.
“Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento [redução da Selic] iniciado em julho de 2019, o comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária. O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021”, destacou, na ata da última reunião, divulgada hoje (11).
No Brasil, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,15% no primeiro decêndio de fevereiro. No mesmo período do mês de janeiro, o índice havia subido 0,86%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de 1,59% em janeiro para -1,45% em fevereiro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 4,08% para -4,54%. O índice correspondente aos Bens Intermediários passou de 1,04% no primeiro decêndio de janeiro para 0,01% no primeiro decêndio de fevereiro. Este recuo foi influenciado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 4,67% para -1,24%.
A taxa do índice referente as Matérias-Primas Brutas passou de -0,13% no primeiro decêndio de janeiro para 1,11% no primeiro decêndio de fevereiro. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-0,51% para 5,42%), bovinos (-5,63% para -3,15%) e mandioca (aipim) (-0,77% para 5,62%). Em sentido oposto, vale citar soja (em grão) (-1,00% para -2,88%), café (em grão) (1,10% para -6,32%) e aves (1,72% para -2,49%).
Tradução ID de relatórios oficiais