ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for alerts Cadastre-se para alertas em tempo real, use o simulador personalizado e observe os movimentos do mercado.

Ações de Petrobras e Vale sobem seguindo commodities; Cogna desaba 10% após balanço e CVC cai 6%

LinkedIn

SÃO PAULO – A última sessão do trimestre para o Ibovespa começou sem uma direção definida, entre expectativa por novos estímulos de bancos centrais pelo mundo, dados econômicos animadores da China e alta do petróleo, mas ainda com ambiente de cautela por conta do avanço do coronavírus no mundo.

Entre os destaques de alta, estão os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4), com alta de mais de 3% em meio à alta de mais de 4% do WTI e de cerca de 2% do brent, com a commodity recuperando-se das mínimas em 18 anos atingidas ontem. O movimento é atribuído à notícia de que EUA e Rússia concordaram em debater a estabilização dos mercados da commodity, afetados pela pandemia do coronavírus e a guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia.

As ações da Vale (VALE3) também registram ganhos, após dados da China; já o minério de ferro à vista negociado em Qingdao teve alta de 1,4%, a US$ 83,70 a tonelada.

Dados oficiais mostraram que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China subiu de 35,7 em fevereiro para 52 em março, superando a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta a 51,5. Já o PMI de serviços chinês avançou de 29,6 para 52,3 no mesmo período. As leituras acima de 50 mostram que tanto a manufatura quanto o setor de serviços da China voltaram a se expandir em março, após se contraírem em ritmo recorde no mês passado em função do coronavírus.

Já a ação da CVC (CVCB3) cai mais de 5% após a companhia apresentar resultados preliminares não-auditados. O grande destaque de queda, contudo, fica com a Cogna (COGN3), que vê seus papéis caírem 10% após a divulgação do balanço do quarto trimestre.

Confira os destaques:

CVC (CVCB3)

A CVC, maior operadora turística do Brasil, divulgou seu balanço não auditado do ano de 2019 – a publicação não traz detalhes por trimestres. A empresa destacou que houve erros contábeis de R$ 250 milhões descobertos recentemente.

Segundo as informações preliminares, em 2019 a CVC obteve um lucro líquido de R$ 187,6 milhões, em ligeira queda sobre 2018, quando o lucro líquido foi de R$ 191,7 milhões.

No Brasil, a receita líquida da operadora atingiu R$ 1,55 bilhão em 2019, em expansão de 5,2% sobre o faturamento líquido de R$ 1,47 bilhão obtido em 2018. Na Argentina, a receita líquida da CVC cresceu de R$ 18,8 milhões em 2018 para R$ 110,9 milhões em 2019, um crescimento de 490%. Somadas as receitas líquidas de Brasil e Argentina, o faturamento líquido da CVC avançou 11,3% sobre 2018, para R$ 1,66 bilhão em 2019. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da operadora caiu 0,5% sobre 2018, para R$ 560,3 milhões em 2019. A margem Ebitda também recuou, de 37,7% em 2018 para 33,7% em 2019.

Em 28 de fevereiro, a CVC disse em comunicado ao mercado que encontrou indícios de erros na contabilização de valores transferidos aos prestadores de serviços turísticos; a companhia estimou impacto potencial acumulado na receita líquida de vendas de R$ 250 milhões.

A companhia informou que excepcionalmente não divulgará as demonstrações financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019 no prazo regulamentar devido à complexidade dos processos de revisão e reconciliação relacionados à contabilização dos valores mencionados em fevereiro e da apuração independente.

Segundo a companhia, os processos foram “substancialmente afetados pelos impactos operacionais da pandemia de COVID-19 nos trabalhos das equipes envolvidas e dos auditores independentes”. A CVC disse estar trabalhando na conclusão da elaboração das demonstrações financeiras para apresentá-las “na maior brevidade possível”.

Cogna (COGN3)

A Cogna (antiga Kroton), maior grupo educacional privado do Brasil, divulgou balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado consolidado. A Cogna informou que obteve um lucro líquido ajustado de R$ 51,6 milhões no período, uma queda de 73,1% sobre igual período de 2018.

A receita líquida da Cogna avançou 0,5% no quarto trimestre do ano passado, sobre igual período de 2018, para R$ 1,92 bilhão.

Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 534 milhões no quarto trimestre do ano passado, um recuo de 9,5% sobre igual período de 2018. Os resultados da Cogna vieram mais fracos no quarto trimestre por causa dos custos da aquisição da Somos, uma empresa de educação adquirida no período, e do aumento da depreciação.

No fechamento de 2019, a Cogna obteve um lucro líquido de R$ 771,9 milhões, uma queda de 48,9% sobre 2018, quando teve lucro líquido de R$ 1,5 bilhão. Já a receita líquida do grupo Cogna avançou 15,9% em 2019, sobre 2018, para R$ 7,02 bilhões. O Ebitda do ano fechado de 2019 foi de R$ 2,7 bilhões, uma queda de 5,5% sobre 2018.

A Cogna, que inclui 73 empresas de educação, informou que está com posição de caixa tranquila, graças aos R$ 2,6 bilhões que levantou em oferta pública de ações na B3 em 11 de fevereiro deste ano. “Estamos em uma situação confortável em termos de liquidez financeira”, comentou a empresa. O Capex da Cogna, contudo, caiu 41% no quarto trimestre do ano passado, para R$ 121,8 milhões. Essa soma não inclui a aquisição da Somos. A dívida líquida da Cogna avançou 44,5% em 2019, sobre 2018, par R$ 7,1 bilhões. O número total de alunos da Cogna, contando ensino básico, médio e superior, caiu 4% no quarto trimestre de 2019, sobre igual trimestre de 2018, para 856.107 alunos. Segundo o grupo, com o corte federal no FIES, houve retração de 53% no número de alunos estudavam com bolsas do governo federal.

Conforme destaca o Itaú BBA, a provisão para devedores duvidosos ficou acima do esperado, enquanto a receita líquida ficou praticamente em linha com o consenso de mercado e inferior às estimativas do banco; já o Ebitda ficou significativamente abaixo das expectativas dos analistas e de consenso de mercado, traduzindo-se em uma margem de 27,7% no período.

“Embora os resultados da Cogna tenham sido afetados principalmente por um evento não recorrente que a empresa optou por explicar com prudência, não descartamos fique frustrado com os números relatados”, avaliaram os analistas, antes da abertura do mercado.

A empresa optou cautelosamente por aumentar as provisões no período em R$ 181 milhões (total de R$ 336 milhões) para contabilizar duas despesas atípicas, não relacionadas ao seu desempenho operacional: efeito não recorrente  pela migração de estudantes para outro software de faturas e, mais importante, levar em conta incertezas nos resultados dos cenários do coronavírus, que podem afetar a renda disponível dos alunos.

Petrobras (PETR3;PETR4)

O Conselho de administração da Petrobras decidiu aderir à iniciativa da diretoria executiva da companhia e aprovou o adiamento de 30% da remuneração dos seus membros nos meses de
abril, maio e junho, para pagamento em setembro, disse a estatal em comunicado.

A “decisão do conselho de administração está alinhada à série de medidas adotadas pela Petrobras para redução de custos e preservação do caixa no atual cenário de incertezas, a fim de reforçar sua solidez financeira e resiliência dos seus negócios”.

Em 26 de março, a Petrobras havia anunciado a postergação do pagamento de 30% da remuneração mensal total do presidente, diretores, gerentes executivos e gerentes gerais.

Hypera (HYPE3)

A Hypera Pharma comunicou que fará emissões de debêntures, em duas séries, no valor total de R$ 3,5 bilhões. As debêntures serão não conversíveis e na quantidade total de 350 mil papéis. Segundo a indústria farmacêutica, cada debênture terá o valor nominal de R$ 10 mil. A Hypera informou que a primeira emissão corresponderá a um valor de R$ 2,48 bilhões, da primeira série; e R$ 1,015 bilhão da segunda série. Os papéis da primeira série da emissão terão um período de maturação de seis anos a partir da emissão, com um vencimento em 3 de abril de 2026. A remuneração será semestral, a partir de outubro deste ano.

JBS (JBSS3)

A JBS cortou a produção em planta na Pensilvânia, nos EUA, em meio à pandemia de coronavírus. A unidade em Souderton teve a produção reduzida temporariamente depois que vários gerentes seniores
apresentaram sintomas semelhantes aos da gripe, disse a companhia em comunicado.

“Por precaução, esses membros da equipe foram enviados para casa para monitorar a saúde à luz da disseminação contínua do coronavírus”. A planta continuará realizando operações de carne moída. A companhia espera retorno às operações normais em 14 de abril.

Arezzo (ARZZ3)

O Conselho aprova recompra de até 4,48 milhões de ações. A quantidade de ações ordinárias a ser
adquirida corresponde a 10% dos 44,8 milhões de ações em circulação no mercado, disse a companhia em comunicado.

O prazo da recompra é de até 18 meses contados a partir de 4 de abril de 2020 até 4 de outubro de 2021. A instituição intermediária é o Credit Suisse. O “programa de recompra tem por objetivo incrementar a geração de valor para os acionistas da companhia em razão do desconto atual das ações no mercado”.

Mahle-Metal Leve (LEVE3)

A Mahle-Metal Leve, indústria de autopeças, divulgou balanço e comunicou que obteve em 2019 um lucro líquido de R$ 259 milhões, uma queda de 11% sobre 2018. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 5,4% em 2019, sobre 2018, para R$ 440,8 milhões.

A receita líquida da Mahle-Metal Leve foi de R$ 2,52 bilhões em 2019, uma pequena retração de 2,5% sobre os R$ 2,59 bilhões de 2018. A Mahle-Metal Leve, como tantas empresas de autopeças e do setor automotivo, foi prejudicada em 2019 pela recessão na Argentina. As vendas para o mercado argentino caíram 32% no ano passado, enquanto no Brasil cresceram 1,8%.

Linx (LINX3)

A Linx, uma das três maiores empresas brasileiras de software com capital aberto, divulgou balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado inteiro. A Linx informou que obteve um lucro líquido de R$ 9,4 milhões no quarto trimestre de 2019, uma queda de 45,4% sobre igual período de 2018.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 53,2 milhões no quarto trimestre, avanço de 16,5% sobre igual período de 2018. Já a receita líquida da empresa no quarto trimestre de 2019 foi de R$ 221,8 milhões, um avanço de 21,8% sobre 2018. No ano consolidado de 2019, também houve queda no lucro líquido.

A Linx informou que lucrou R$ 38,8 milhões em 2019, queda de 45% sobre 2018, quando lucrou R$ 71 milhões. A receita operacional líquida subiu para R$ 788 milhões em 2019, de R$ 685,5 milhões em 2018. Os resultados incluem as empresas de informática da Linx nos Estados Unidos.

A Linx fechou 2019 com um caixa líquido de R$ 75,8 milhões, superior ao do final de 2018, quando o caixa era de R$ 49,8 milhões. Esse dado é importante, pois em 2019 a Linx adquiriu três empresas: a Seta Digital, por R$34,9 milhões; a Millennium, por R$ 94,8 milhões; e a Hiper, por 32,3 milhões. Com as aquisições, a Linx reforçou sua presença nos segmentos de software para automação comercial e sistemas de ERP – gestão empresarial.

Even (EVEN3)

A construtora e incorporadora imobiliária Even divulgou balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado inteiro. A empresa obteve um lucro líquido de R$ 31 milhões no quarto trimestre de 2019, revertendo prejuízo de R$ 92 milhões em igual período de 2018. No ano consolidado de 2019, a Even também saiu do vermelho, com um lucro líquido de R$ 119 milhões – em 2018, a empresa teve prejuízo de R$ 161 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 63,4 milhões no quarto trimestre de 2019. Em igual período de 2018, o Ebitda ficou negativo em R$ 56 milhões. No fechamento de 2019, o Ebitda da empresa foi de R$ 295 milhões, também revertendo o resultado do ano inteiro de 2018, quando o Ebitda foi negativo em R$ 21 milhões.

A Even conseguiu reduzir as despesas operacionais, de R$ 128,9 milhões no quarto trimestre de 2018 para R$ 80 milhões no último trimestre de 2019. A Even informou que entregou em 2019 um total de 14 empreendimentos, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,4 bilhão.

Houve crescimento nos valores em comparação a 2018, quando a empresa também entregou 14 empreendimentos, mas com um VGV bem menor, de R$ 737 milhões. A empresa adquire terrenos principalmente por permutas. No final de 2019, a empresa adquiriu 5 terrenos por permuta, sendo 2 em São Paulo e 3 no Rio Grande do Sul. A empresa também atua no Rio de Janeiro e Minas Gerais. A receita líquida da empresa cresceu 32% sobre 2018, para R$ 1,9 bilhão em 2019.

JSL (JSLG3)

O grupo logístico JSL, um dos maiores do Brasil, divulgou balanço do quarto trimestre de 2019 e do ano passado consolidado. O JSL teve um forte crescimento de 99% no lucro líquido no quarto trimestre de 2019, sobre 2018, para R$ 120,6 milhões.

O lucro líquido antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 41,3% no quarto trimestre, sobre igual período de 2018, para R$ 611,2 milhões. Já a receita líquida do grupo cresceu 23,5% no quarto trimestre, sobre o mesmo trimestre de 2018, para R$ 2,63 bilhões.

O resultado do ano fechado de 2019 também foi positivo, com o lucro líquido crescendo 68,4% sobre 2018, para R$ 318,6 milhões. Os dados consolidados do JSL incluem as quatro empresas do grupo: JSL Logística, a Vamos (revendas e locação de caminhões), CS Brasil (gestão de frotas) e a locadora de carros Movida (aluguel e vendas de carros semi-novos).

Santos Brasil (STBP3)

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) reafirmou a nota “brAAA” da empresa de logística portuária Santos Brasil, que opera terminais nos portos de Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA). Segundo a Santos Brasil, a nota “brAAA” é a mais alta da agência americana na Escala Nacional Brasil. Mas a S&P mudou a perspectiva de rating da Santos Brasil de “estável” para “negativa”, por causa da epidemia do coronavírus. A agência americana afirma que a nota pode ser modificada novamente para “estável’ tão logo os efeitos da epidemia sejam dissipados.

Ultrapar (UGPA3)

O Bank of America elevou a recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts, ou recibo de ações) da Ultrapar para compra, com preço-alvo de US$ 22.

Deixe um comentário