O dólar americano encerrou as negociações desta segunda-feira sangrenta cotado a R$ 4,726. Este é o maior valor nominal, sem considerar a inflação, da história.
A moeda americana operou em alta ante o real durante toda esta segunda-feira oscilando entre a mínima de R$4,62 e a máxima de R$4,79. O Banco Central (BC) realizou novos leilões da moeda norte-americana para, ao menos, tentar conter a desvalorização do real.
O dólar futuro de abril oscilou entre 4.713 e 4.799, encerrando o dia em alta de +2,1% sendo cotado a R$4.733.
O primeiro leilão realizado às 9h foi de US$ 3 bilhões. Já o da tarde negociou cerca de US$ 465 milhões como forma de conter a alta da moeda.
O diretor de política monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, afirmou que as intervenções da autoridade monetária “podem durar o tempo que for necessário para o retorno do regular funcionamento do mercado de câmbio”.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que vê com “absoluta serenidade” o cenário internacional conturbado.
“Absoluta serenidade. A crise lá fora está se aprofundando, o mundo já estava em desaceleração sincronizada. Aí vem o coronavírus, que acelerou a queda. O mundo está realmente em um momento crítico, o coronavírus está sendo só a gota-d’água”, disse Paulo Guedes.
Na noite desta segunda, 09, o Banco Central anunciou leilão do dólar à vista de até U$2 bilhões para terça feira, 10 de março.