Os bancos brasileiros já adiaram 22,2 bilhões de reais em parcelas de dívidas que venceriam nos próximos meses, em uma tentativa de ajudar consumidores e empresas em meio à pandemia de coronavírus, disse a Febraban nesta segunda-feira.
A Febraban afirmou em comunicado que o valor refere-se a 3,8 milhões de contratos, com valores totais de 230,6 bilhões de reais.
Em março, os cinco principais bancos do país – Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Banco do Brasil (BOV:BBAS3), Bradesco (BOV:BBDC4), Santander Brasil (BOV:SANB11) e Caixa Econômica Federal – disseram que ofereceriam aos clientes carência de dois a seis meses para pagamento de parcelas de dívidas em meio à crise do coronavírus.
Quase 14 bilhões de reais em adiamentos referem-se a empréstimos ao consumidor, disse a Febraban.
Ainda assim, grandes empresas contrataram 101,5 bilhões de reais em novos empréstimos, enquanto consumidores pegaram 36 bilhões de reais, disse a Febraban. A associação não forneceu uma base para a comparação com o ano anterior.
A associação dos bancos também disse que renovou 66,5 bilhões de reais em contratos de empréstimos até o momento.
Moody’s rebaixa sistema bancário
Moody´s rebaixa de estável para negativa perspectiva do sistema bancário brasileiro (ITUB4 / BBAS3 / BBDC4 / SANB11)
Ambiente operacional para bancos terá deterioração significativa. Pandemia deprimirá atividade comercial dos bancos e o risco dos ativos vai aumentar
(Reportagem de Carolina Mandl)