A Even Construtora e Incorporadora teve lucro líquido de R$ 36,5 milhões no 1T20. Esse valor corresponde à queda de 27% em relação ao 1T19. O Ebitda ajustado para o primeiro trimestre deste ano recuou 39%, aos R$ 59,71 milhões.
A Even é negociada na B3 através do código (BOV:EVEN3). Os resultados foram divulgados na noite de sexta-feira (15). Em 2020, as ações desvalorizaram 63,30% até o momento.
Em 31 de março de 2020, o saldo de disponibilidade da Even era de R$ 1 bilhão. A geração de caixa do 1º trimestre, foi positiva em R$ 30,5 milhões. Já o endividamento líquido da companhia atingiu R$ 434,96 milhões.
Segundo a Even, a “robusta posição de caixa de aproximadamente R$ 1 bilhão e o baixo nível de endividamento, nos dão tranquilidade para continuar nossas atividades normalmente neste cenário de crise.”
A receita líquida da Even caiu 16% nos três primeiro meses de 2020, em razão do baixo volume de lançamentos. Dessa forma, passou de R$ 483,82 milhões no primeiro trimestre 2019 para R$ 406,87 milhões em 2020. O resultado financeiro do primeiro trimestre foi positivo em R$9,7 milhões. No mesmo período de 2019 o resultado financeiro foi positivo em R$ 5,2 milhões.
Entre janeiro e março foram lançados 2 empreendimentos no Rio Grande do Sul e 1 em São Paulo. Os lançamentos totalizaram R$ 95 milhões. Já no primeiro trimestre de 2019 os lançamentos totalizaram um montante de R$ 785 milhões.
Além disso, as vendas líquidas nos três primeiros meses de 2020 totalizaram R$ 256 milhões, representando uma VSO (velocidade de venda) de 12%.
Segundo a companhia “As vendas foram impactadas, com mais intensidade, no mês de março, e sofreram uma sensível redução com o início das medidas de confinamento (lockdown).”
A companhia informou ainda que não teve aumento de distratos no trimestre em função da Covid-19.
Visão do mercado
BTG Pactual
Os resultados trimestrais da Even foram fortes, com o lucro reportado 35% acima da expectativa do banco e uma sólida geração de caixa, apesar dos ventos contrários, disse o BTG Pactual em relatório.
Os analistas Elvis Credendio e Gustavo Cambaúba disseram que a avaliação do preço da ação é atraente, com um múltiplo de 0,7 vezes o preço do valor contábil tangível (quantia de dinheiro que um investidor receberia por ação, se a empresa cessar as operações e liquidar seus ativos ao valor registrado nos livros contábeis da empresa).
O relatório também ressalta que a administração está implementando uma reestruturação financeira positiva, reduzindo o capital de giro e aumentando o retorno sobre o patrimônio líquido.
O BTG Pactual manteve a recomendação de compra das ações e o preço-alvo em R$ 12,00.