O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,28% em maio, percentual inferior ao apurado em abril, quando subira 0,80%. Com este resultado, o índice acumula alta de 2,79% no ano e de 6,51% em 12 meses. Em maio de 2019, o índice havia subido 0,45% e acumulava alta de 7,64% em 12 meses.
“Apesar das matérias-primas brutas continuarem a pressionar o resultado do IPA, a descompressão trazida pelo arrefecimento dos preços dos alimentos (2,81% para 0,37%) e dos materiais para a manufatura (3,82% para 0,00%) contribuíram para o recuo da taxa do índice. No IPC também foram captados recuos importantes nos grupos alimentação (1,54% para 0,49%) e transportes (-1,49% para -2,60%), que seguiram tendência semelhante a antecipada pelo IPA. Mesmo diante do expressivo recuo da taxa do IGP-M em maio, dada a desaceleração do IPA e do IPC, o índice deve iniciar novo ciclo de aceleração sustentado por aumentos nos preços da gasolina (45%) e do Diesel (16%) nas refinarias”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,59% em maio, ante 1,12% em abril. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou -0,02% em maio, contra 0,01% no mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 9,12% para 0,93%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,51% em maio, ante 0,99% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários caiu 1,34% em maio. No mês anterior este índice não havia variado. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de 3,10% para 0,23%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,60% em maio, contra 2,81% em abril.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 3,11% em maio, após subir 3,44% em abril. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: milho em grão (2,01% para -7,30%), café em grão (10,07% para 1,35%) e laranja (3,68% para -10,76%). Em sentido oposto, destacam-se os itens minério de ferro (8,33% para 11,67%), bovinos (-2,92% para 0,33%) e aves (-5,26% para -1,49%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,60% em maio, após variar 0,13% em abril. Sete das oitos classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. As principais contribuições partiram dos grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,05% para -2,22%) e Transportes (-1,49% para -2,60%). Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens passagem aérea (3,09% para -16,69%) e gasolina (-5,00% para -8,59%).
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (1,54% para 0,49%), Habitação (0,28% para -0,12%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46% para 0,26%), Despesas Diversas (0,32% para 0,16%) e Comunicação (0,06% para 0,02%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: hortaliças e legumes (9,80% para 4,77%), tarifa de eletricidade residencial (0,41% para -0,74%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,77% para 0,20%), alimentos para animais domésticos (2,20% para 0,61%) e tarifa de telefone residencial (0,37% para 0,03%).
Já a taxa do grupo Vestuário caiu 0,25% em maio, repetindo a queda apurada no mês anterior. Nesta classe de despesa, destacam-se os itens calçados (-0,54% para -0,48%), em sentido ascendente e acessórios do vestuário (0,35% para -0,01%), em sentido oposto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,21% em maio, ante 0,18% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (0,44% para 0,56%), Serviços (0,13% para 0,02%) e Mão de Obra que não variou pelo segundo mês consecutivo.
Fonte FGV IBRE