O impacto da paralisação econômica induzida por coronavírus atingiu o mercado de trabalho dos EUA em abril em níveis históricos, cortando 20,5 milhões de trabalhadores de folhas de pagamento não agrícolas (payroll) e aumentando a taxa de desemprego para 14,7%, informou o Departamento do Trabalho na sexta-feira.
Ambos os números quebraram facilmente os recordes da era pós-Segunda Guerra Mundial e ajudam a refletir os danos profundos causados pelos esforços utilizados para combater o vírus.
Economistas consultados pela Dow Jones esperavam que as folhas de pagamento perdessem 21,5 milhões e a taxa de desemprego subisse para 16%. A taxa de desemprego de abril superou o recorde do pós-guerra em 10,8%, mas ficou aquém da alta depressão estimada em 24,9%. O pico da crise financeira foi de 10% em outubro de 2009.
A quantidade média de horas trabalhadas por semana nos Estados Unidos atinge 34,2 horas em abril, acima do consenso de 33,7 horas. Os ganhos salariais tiveram variação mensal de 4,70%, bem acima também do consenso de 0,40%.
O governo americano elevou a destruição de vagas de março no relatório payroll de 701 mil para 870 mil.