As entregas de aeronaves da Boeing pioraram ainda mais em maio, conforme o impacto esmagador da pandemia de coronavírus nas companhias aéreas ampliou a crise causada pela suspensão de seu avião 737 MAX, mostraram dados da empresa nesta terça-feira.
A fabricante de aviões dos EUA informou que entregou apenas quatro aeronaves em maio, abaixo das seis entregues em abril, seu pior maio em seis décadas e cerca de 87% menos do que entregou aos clientes no mesmo período do ano passado.
As entregas são financeiramente importantes para as fabricantes de aeronaves porque as companhias aéreas pagam a maior parte do preço de compra apenas quando recebem o avião.
Os clientes também cancelaram pedidos para outros 18 aviões no mês passado, incluindo 14 jatos MAX que eram o avião mais vendido da empresa até protagonizar dois acidentes há pouco mais de um ano.
Enquanto a Boeing retomou a produção na semana passada e espera fazer entregas do MAX no terceiro trimestre, muitas companhias aéreas cancelaram ou adiaram as entregas, pois o setor enfrenta as consequências de um colapso total nas viagens aéreas desde janeiro.
A Boeing recebeu nove novos pedidos de aviões de grande porte e suas entregas incluíram dois cargueiros 777 e um 767, uma aeronave para as forças armadas dos EUA, mas nenhum avião de passageiros.
Depois de mais ajustes contábeis que representam jatos encomendados em anos anteriores, cujas entregas agora são improváveis, os pedidos líquidos ajustados da Boeing caíram para 602 aviões negativos.
Bem feito, fez feio com a Embraer.