De acordo com o Valor, a Cemig (BOV:CMIG3) (BOV:CMIG4) está investindo R$ 190 milhões neste ano em equipamentos para automatizar a rede de distribuição de energia elétrica em 614 cidades de sua área de concessão. O plano envolve a instalação de dois tipos de religadores automáticos, aparelhos que ajuda a detectar interrupções no fornecimento de energia e agilizam o restabelecimento do serviço, diminuindo a quantidade de consumidores afetados quando há falta de energia.
Detentora da maior rede de distribuição de energia elétrica da América do Sul, com mais de cerca de 540 mil quilômetros de linhas e redes, a estatal mineira pretende instalar cerca de 8 mil equipamentos em 2020. Até o fim de 2022, período contemplado em seu plano de investimentos, está prevista a implantação de mais 14,7 mil religadores.
De acordo com o diretor da Cemig Distribuição, Ronaldo Gomes de Abreu, os equipamentos serão instalados em redes urbanas e rurais. Nos centros urbanos, serão priorizadas áreas com grande concentração populacional e onde estão localizados serviços de “manutenção da vida”, como hospitais.
A companhia investe em religadores desde 2008, mas a implantação foi intensificada a partir de 2017. Os religadores ajudam em casos de defeito na rede elétrica de distribuição: em sobrecarga por curto circuito, os religadores automáticos realizam vários ciclos de aberturas e fechamentos até a normalidade do sistema elétrico. Já em problemas passageiros de alimentação da rede – maior parte dos casos, como por ventanias, raios ou materiais externos -, os religadores automáticos atuam, de forma temporária até o problema seja resolvido.
De acordo com a Cemig, os investimentos devem contribuir para a melhora dos principais indicadores de qualidade dos serviços das distribuidoras de energia: o DEC, que mede a duração de interrupções por unidade consumidora, e FEC, referente à frequência das interrupções.
Nos últimos anos, os indicadores da Cemig Distribuição têm se situado abaixo dos limites regulatórios fixados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A companhia encerrou o ano passado com DEC de 10,56 horas (ante limite de 10,73 horas) e FEC de 4,89 vezes (ante limite de 7,03 vezes). Neste ano, os valores estão num “caminho de melhoria” em relação ao ano de 2019, afirma a Cemig.
A estatal mineira prevê investir R$ 6,2 bilhões no período 2018-2022 em melhorias em linhas de distribuição, subestações, religadores, redes de média e baixa tensão e medidores. Dessa cifra total, 38% já foram executados até junho deste ano. Para todo o ano de 2020, estão programados investimentos de R$ 1,5 bilhão.