O dólar reduzia a queda ante o real nesta quinta-feira, seguindo piora de sinal nos mercados externos em meio a renovados temores sobre potenciais novos bloqueios por causa do Covid-19, com riscos de prejuízos a ainda inicial recuperação econômica.
Às 12:49, o dólar recuava 0,57%, a 5,3170 reais na venda.
No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas de países desenvolvidos abandonou queda de mais cedo e subia 0,25%, com esse movimento também sendo observado em relação a pares emergentes e/ou correlacionados a commodities.
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York caía perto de 2%, enquanto o S&P 500 cedia 1,5% após mais cedo subir.
A pandemia seguia como ponto de preocupação entre investidores. Os Estados Unidos registraram mais de 60 mil novas infecções por Covid-19 na quarta-feira, novo recorde global diário.
“O mercado continua ‘olhando por cima’ destas questões, enquanto não há um aumento expressivo de internações e fatalidades. O efeito econômico, de qualquer forma, deve ser negativo para a recuperação global, mesmo que não vejamos novas quarentenas e/ou ‘lockdowns’”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.
No câmbio doméstico, a volatilidade seguia dando a tônica.
O dólar abriu em queda e posteriormente zerou o movimento, mas voltou a cair e renovou mínimas de olho no ambiente externo até então positivo. A cotação chegou a perder quase 1,9%, antes de devolver boa parte desse movimento.
Na mínima, a divisa desceu a 5,2460 reais (queda de 1,89%) e, na máxima, teve variação positiva de 0,01%, a 5,348 reais.
Em entrevista à Reuters, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a autarquia vê com preocupação o fato de a volatilidade do real estar sempre acima das demais moedas, mas que ainda estuda as causas por trás desse fenômeno.