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HSBC emite comunicado defendendo cooperação com promotoria americana em um processo contra a Huawei

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HSBC emitiu um comunicado defendendo sua cooperação com os promotores norte-americanos em um processo contra a Huawei Technologies, da China, depois que a mídia estatal chinesa disse que o banco havia incriminado a Huawei.

O HSBC disse que o Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA fez pedidos formais de informações sobre a Huawei, um ex-cliente do HSBC, e que “não criou uma armadilha” para a empresa violar as sanções dos EUA, como escreveu o jornal chinês People’s Daily em artigo na sexta-feira.

A declaração ocorre em meio à intensificação das tensões EUA-China sobre o comércio, Hong Kong e Huawei, que colocaram o HSBC na mira como um banco comercial focado na Ásia, com uma grande operação nos EUA.

A Huawei e o People’s Daily não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

No comunicado, divulgado pela primeira vez nas mídias sociais chinesas e voltado para uma audiência local, o HSBC disse que não estava envolvido na decisão do Departamento de Justiça de investigar a Huawei ou prender o chefe financeiro da companhia, Meng Wanzhou, e não tem nenhuma hostilidade com a empresa. O banco afirmou que depende das comunidades entenderem que os bancos internacionais devem seguir as regras internacionais e que devem considerar “os valores e as contribuições de seus serviços prestados a clientes internacionais e mercados locais”.

O banco, com sede em Londres, mas com a maior parte de sua receita proveniente de Hong Kong e China, está sob pressão da mídia estatal chinesa há mais de um ano por ter entregue documentos no caso Huawei. Na época, o HSBC estava sendo monitorado pelo Departamento de Justiça como parte de um acordo de 2012 sobre violações de sanções e lavagem de dinheiro.

Os advogados da Huawei alegaram este ano no Canadá que a investigação do DOJ deu ao HSBC um motivo para apresentar a Huawei como o cérebro de suas violações de sanções. O HSBC nega isso.

Os EUA tentaram banir a Huawei de suas próprias redes de telecomunicações e de outros países e estão buscando a extradição de Meng do Canadá por supostamente enganar bancos sobre os laços entre a Huawei e uma empresa afiliada no Irã. Os bancos, que incluíam o HSBC, aportaram centenas de milhões de dólares em transações que potencialmente violavam sanções internacionais, alegam os EUA. Meng e Huawei negam qualquer irregularidade. O HSBC não faz parte nesse caso.

A briga entre o HSBC e a imprensa chinesa ocorre duas semanas depois que o governo britânico disse que impediria as empresas de telecomunicações de comprar novos equipamentos fabricados pela Huawei para suas redes 5G. A decisão marcou uma vitória para os EUA em suas tentativas de isolar a empresa e foi vista como retaliação pela Grã-Bretanha pela recente imposição da China de uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong.

A lei, criticada por muitos governos ocidentais, foi apoiada pelo principal executivo do HSBC na região em uma rara declaração política do banco.

As recentes tensões lançaram uma luz sobre a “corda bamba” na qual o HSBC anda como um grande banco em Hong Kong e como financiador do comércio global com dólares americanos. Foi fundado em Hong Kong e Xangai em 1865 e concorre com bancos dos EUA, incluindo J.P. Morgan e Citigroup, conectando empresas multinacionais a mercados e ajudando as companhias a gerenciar seus caixas.

Em seu comunicado de sábado, o HSBC disse que “está enraizado na China” e “apoia o seu desenvolvimento econômico e social”.

Por Dow Jones Newswires

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