A produtora de pás para turbinas de energia eólica Aeris pediu nesta quinta-feira registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), movimento que vem na esteira da crescente demanda por geração de energias renováveis.
A operação servirá para 12 atuais acionistas pessoa física venderem fatias no negócio e também para a Aeris levantar recursos novos, que serão usados para modernizar suas duas fábricas e elevar sua capacidade, hoje de cerca de quatro mil pás por ano, parte disso para exportação.
Criada em 2010, a Aeris tem suas duas fábricas no complexo de Pecém (CE).
A companhia afirma que cerca de 70% do potencial eólico do Brasil está a menos de 500 quilômetros dessas unidades, onde ela produz equipamentos para Vestas, General Electric, Nordex e WEG.
No primeiro semestre, a receita líquida da Aeris somou 753 milhões de reais, um salto de 127% ante mesma etapa do ano passado. Ela afirma que em 2023 pretende ser uma das 500 maiores empresas do país.
O movimento da Aeris vem na esteira de crescente demanda global por geração de energia renovável como forma de deter a tendência de aquecimento da atmosfera provocada pelo consumo de combustíveis fósseis.
No prospecto, a Aeris cita estudos da Wood Mackenzie, apontando que o crescimento da geração de energia eólica no mundo apresentará expansão anual de 4% de 2019 a 2029.
Além disso, a companhia quer se aproveitar do fato de o Brasil ser apontado como detentor das melhores condições geográficas do mundo para geração da energia por ventos.
“Acredita-se que a energia eólica apresentará uma redução de custo significativa nos próximos anos devido ao aumento de potência dos aerogeradores que comercializados hoje”, afirma a companhia, cujo IPO será coordenado por BTG Pactual (BPAC11), XP (XP), Morgan Stanley (MS), Santander (SANB11) Brasil, Citi e Safra.