O prejuízo líquido da Gafisa cresceu 85%, no segundo trimestre, na comparação anual, para R$ 23,5 milhões. No trimestre, foram entregues quatro empreendimentos, com valor geral de venda (VGV) de R$ 543 milhões.
Projetos para o 3º trimestre
A Gafisa vai retomar lançamentos imobiliários neste trimestre. A intenção da companhia é lançar três projetos de alto padrão, na cidade de São Paulo, com Valor Geral de Vendas (VGV) que soma R$ 288 milhões. A retomada operacional passará também pela volta da Gafisa ao Rio de Janeiro, seu mercado de origem, marcada pela compra de terreno no Leblon no segundo trimestre.
O fortalecimento do balanço da companhia, a preservação de margens brutas em patamares elevados e a retomada do crescimento são as prioridades dos gestores. Há intenção que a Gafisa retome, no mercado, “o lugar de onde não deveria ter saído”, segundo o vice-presidente de Operações, Guilherme Benevides, e o vice-presidente de Finanças e Gestão, Ian Andrade.
A companhia passou por processo de encolhimento, suspensão de lançamentos, alavancagem elevada e mudanças na administração e, há um ano e meio, começou a reestruturação iniciada com a nova gestão.
Atualmente, a Gafisa tem banco de terrenos para lançar, no curto e no médio prazos, projetos com VGV potencial de R$ 2 bilhões, incluindo os três empreendimentos previstos para o terceiro trimestre na capital paulista. Um projeto será lançado nos Jardins, com preço médio de R$ 1 milhão por unidade, outro em Moema, com valor médio de R$ 2 milhões por apartamento, e o terceiro empreendimento, em Perdizes, com preço médio de R$ 2,5 milhões.
Do VGV total desse estoque de terrenos, R$ 1 bilhão foi incorporado durante a aquisição da Upcon, no ano passado. Oito projetos já pertenciam à Gafisa e foram revisados, e dois serão desenvolvidos em áreas compradas pela nova gestão. “Adquirimos o último terreno do Leblon de frente para o mar”, diz Andrade. O empreendimento do Rio terá VGV de R$ 197 milhões. “A Gafisa quer ser a maior empresa do Rio, atuando somente em projetos especiais”, afirma Benevides.
Nos novos projetos, a companhia buscará margens brutas ajustadas a partir de 35% e 40%, patamar que tem sido possível alcançar nas obras em curso. O prazo para lançamentos além dos previstos para o trimestre dependerá do mercado e de cronograma de aprovações.