Os preços do petróleo caíram na sexta-feira, à medida que a recuperação econômica mundial esbarra em obstáculos devido aos novos bloqueios do coronavírus, mesmo com os principais produtores globais de petróleo limitando o fornecimento de petróleo.

A recuperação econômica da zona do euro de sua pior recessão já registrada estagnou este mês, uma vez que a demanda reprimida desencadeada pelo afrouxamento dos bloqueios em julho diminuiu, mostrou uma pesquisa.

Em contraste, os dados da pesquisa de habitação e manufatura dos EUA foram melhores do que o esperado, compensando um aumento surpreendente nos pedidos de auxílio-desemprego na quinta-feira.

Os futuros do petróleo Brent caíram 84 centavos, ou 1,9%, a $ 44,06 o barril, rumando para uma queda de quase 2% semanalmente.

Os futuros do petróleo West Texas Intermediate liquidaram 48 centavos, ou 1,12%, abaixo de $ 42,34 por barril.

“No momento, as preocupações com a demanda e o aumento nos casos COVID parecem ser o grande motivo pelo qual estamos mais fracos”, disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group em Chicago.

As importações de petróleo bruto da Índia caíram em julho para seu nível mais baixo desde março de 2010, enquanto os motoristas dos EUA dirigiram 13% menos milhas em junho do que no ano anterior, de acordo com o Departamento de Transporte dos EUA.

A companhia petrolífera nacional da Líbia disse que poderia reiniciar as exportações de petróleo depois que o governo internacionalmente reconhecido do país norte-africano em Trípoli anunciou um cessar-fogo, pressionando ainda mais os preços do petróleo.

“Este é um mercado que não pode se dar ao luxo de absorver barris adicionais”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLC em Nova York.

A OPEP +, que consiste na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, estava focada em garantir que os membros que haviam superproduzido contra seus compromissos reduziriam a produção.

Um relatório interno mostrou que o grupo queria um excesso de oferta entre maio e julho, compensado com cortes neste mês e no próximo, informou a Reuters.

Ele também mostrou que a OPEP + espera que a demanda de petróleo em 2020 caia em 9,1 milhões de barris por dia, e em até 11,2 milhões de barris por dia se houver um ressurgimento de infecções por coronavírus.

Fonte CNBC