O bureau de crédito Boa Vista SCPC poderá captar R$ 1,89 bilhão em sua oferta inicial de ações. Segundo prospecto preliminar, a oferta primária e secundária será de 155 milhões de ações ordinárias, com faixa de preço de R$ 10,80 a R$ 13,60. A oferta pode ser acrescida em até 15% em lote suplementar.
Considerando o preço médio de R$ 12,20 por ação, a oferta pode somar R$ 1,89 bilhão sem lote suplementar. O coordenador líder é o J.P.Morgan. A fixação de preço ocorrerá em 28 de setembro, com início da negociação em 30 de setembro.
A empresa emitirá 83.333.333 novas ações, enquanto seus sócios – que incluem a empresa de private equity TMG Capital e a Associação Comercial de São Paulo – venderão 71.316.851 ações. Incluindo a emissão de lotes extras, a oferta pode chegar a 177.847.711 ações.
A Boa Vista disse que planeja usar os recursos do IPO principalmente para financiar aquisições.
A empresa registrou receita líquida de R$ 302,9 milhões e lucro líquido de R$ 23,5 milhões no primeiro semestre do ano.
JPMorgan, Citi e Morgan Stanley são os coordenadores da oferta.
Visão do mercado
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Luis Sales, analista de empresas diz que o Impacto é Positivo. No início de 2020, muitas empresas possuíam a abertura de capital em seu pipeline, algo que acabou sendo adiado ou cancelado com a chegada da pandemia. Com expectativas de reabertura, as empresas estão retomando os processos de IPO. A B3, com isso, é extremamente beneficiada. Além do grande fluxo de investidores entrando na bolsa, pode ter grande alavancagem de receita com o alto número de ofertas ocorrendo semanalmente.
A lista de empresas que miram uma abertura de capital em setembro e outubro já inclui mais de 40 empresas. Perto do fim do prazo para protocolar o pedido de IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) nos próximos dois meses, novas empresas entraram na fila de estreias na B3, a Bolsa paulista.