BRASIL
A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo BC mostrou que o cenário agora é de que o IPCA termine 2020 com alta de 2,05%, de 1,99% projetado na semana anterior. Para 2021 a projeção continua sendo de inflação de 3,01%.
O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O levantamento semanal apontou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) deve terminar este ano com contração de 5,04%, de uma queda de 5,05% calculada antes, crescendo 3,50% em 2021.
Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC melhorou sua projeção para o PIB em 2020 a uma retração de 5,0%, sobre queda de 6,4% calculada em junho.
Com o BC repetindo que há pouco ou nenhum espaço para cortar a Selic à frente, com a alta dos juros básicos sendo descartada desde que mantido o quadro para a inflação e para a disciplina das contas públicas, a pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que permanecem as expectativas de que a Selic vai terminar este ano em 2,0% e 2021 a 2,5%.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a taxa básica de juros em 2,00% este ano, mas aponta que ela deve permanecer neste patamar ao final de 2021.
O estoque total de crédito no Brasil subiu 1,9% em agosto sobre julho, a 3,737 trilhões de reais, acelerando o ritmo de crescimento em meio às medidas do governo para enfrentamento à crise do coronavírus, ao mesmo tempo em que a inadimplência renovou sua mínima histórica no segmento de recursos livres.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central. Com o avanço de agosto, o saldo de financiamentos no país passou a responder por 51,9% do Produto Interno Bruto (PIB), maior patamar desde maio de 2016 (51,97%).
Para 2020, o BC revisou para cima sua projeção de crescimento do crédito a 11,5%, de 7,6% antes, principalmente pela demanda acentuada de crédito das empresas em meio à pandemia de coronavírus, atendida tanto pela expansão do crédito livre como pelo crédito direcionado.
A inadimplência em recursos livres, em que as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras, renovou sua mínima da série histórica iniciada em março de 2011 a 3,3%, ante 3,5% em julho.
Quanto ao custo dos financiamentos no país, os juros médios caíram a 26,7% ao ano em agosto, contra 27,3% no mês anterior, também no segmento de recursos livres.
O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, foi a 22,3 pontos percentuais no segmento, ante 23,0 pontos em julho.
A dívida pública federal do Brasil subiu 1,56% em agosto sobre julho, a 4,412 trilhões de reais, divulgou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve avanço de 1,35%, a 4,174 trilhões de reais.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 8,0 pontos em setembro, alcançando 106,7 pontos, o maior nível desde janeiro de 2013 (106,7 pontos). Esse resultado deixa a média do terceiro trimestre (98,4 pontos) 32,7 pontos acima da média do segundo trimestre (65,7 pontos).
Em setembro, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram aumento da confiança. O resultado do mês reflete avaliações positivas em relação ao momento presente e em relação aos próximos três meses. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 9,5 pontos, para 107,3 pontos, o maior valor desde janeiro de 2013 (107,6 pontos). Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) cresceu 6,3 pontos, para 105,9 pontos, o maior desde abril de 2013 (107,2 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade instalada teve acréscimo de 2,9 pontos percentuais, de 75,3% para 78,2%, maior valor desde março de 2015 (78,4%). Com esse resultado, a média do terceiro trimestre (75,3%) ficou 13,9 p.p. acima da média do segundo trimestre (61,4%).
ESTADOS UNIDOS
Não há indicadores previstos.
EUROPA
As autoridades do Banco Central Europeu estão cada vez mais divididas sobre como conduzir a economia através de uma segunda onda de Covid-19, ameaçando a paz duramente conquistada pela presidente do banco, Christine Lagarde, mostraram conversas com oito fontes do BCE.
As autoridades do Banco Central Europeu estão cada vez mais divididas sobre como conduzir a economia através de uma segunda onda de Covid-19, ameaçando a paz duramente conquistada pela presidente do banco, Christine Lagarde, mostraram conversas com oito fontes do BCE.
Lagarde conseguiu acabar com as brigas públicas que deixaram o BCE em desordem nos últimos meses do mandato de Mario Draghi no ano passado, e avançou perfeitamente com vários pacotes de estímulos recordes para manter a economia à tona em meio à pandemia.
ÁSIA