O dólar começou a semana em alta frente ao real, alavancado por uma terça-feira de fortalecimento da divisa norte-americana no exterior em meio a nova sessão de busca por ativos de segurança diante de incertezas sobre a economia global.
A cotação, porém, terminou a alguma distância da máxima da sessão pós feriado, com a taxa de câmbio mantendo-se abaixo de 5,40 reais por dólar.
O dólar à vista subiu 1,09%, a 5,3662 reais na venda. No pico do dia, alcançado às 10h46, a divisa saltou 1,92%, para 5,4103 reais. Na mínima, atingida às 14h21, o dólar marcou 5,3167 reais, leve alta de 0,16%.
Na B3, o dólar futuro tinha valorização de 1,26%, a 5,3710 reais, às 17h10.
O mercado doméstico de forma geral seguiu o movimento das moedas no exterior. O índice do dólar contra uma cesta de moedas subia 0,38%, para máximas em quatro semanas. Divisas emergentes pares do real –como peso mexicano (-0,7%), rand sul-africano (-1,2%) e lira turca (-0,4%)– perdiam terreno.
Preocupações renovadas sobre o Brexit e uma nova onda de vendas em ações do setor de tecnologia em Wall Street pesaram sobre o sentimento do investidor, que puniu ativos mais arriscados, como moedas emergentes. Em carta mensal a cotistas do fundo Nimitz, a SPX Capital –uma das maiores gestoras de recursos independentes do Brasil e que tem como sócio-fundador Rogério Xavier– informou que havia zerado posições compradas em setor de tecnologia nos mercados internacionais de ações e que mantinha apostas na queda de divisas emergentes. O fato de o dólar ter caído frente ao real nas últimas sessões abaixo de médias móveis de 50 e 100 dias também serve como limitador a novas quedas no curto prazo. A moeda recuou 5,73% entre 26 de agosto (quando bateu máxima em três meses) e 3 de setembro, quando fechou na mínima em um mês.
No dia 4 de setembro, na sexta-feira, sessão passada, o mercado de câmbio já havia dado uma pausa no movimento recente de baixa, com o dólar encerrando em alta de 0,33%. Os mercados não funcionaram no Brasil na segunda-feira, Dia da Independência.