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Dólar emenda terceira queda e fecha na mínima em um mês

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O dólar emendou a terceira queda consecutiva nesta quinta-feira, com operadores prosseguindo com movimento de desmonte de posições compradas na divisa norte-americana ante o real diante da melhora do ambiente doméstico para reformas.

O dólar à vista caiu 1,27%, a 5,2906 reais na venda, menor patamar desde 4 de agosto (5,2838 reais). A moeda oscilou entre alta de 0,32%, a 5,3759 reais (marcada logo no começo da sessão), e queda de 1,61%, a 5,2725 reais, já perto do fechamento do pregão no mercado à vista.

Em três baixas consecutivas, o dólar acumula desvalorização de 3,47%. Desde a máxima em mais de três meses (de 5,6124 reais) alcançada em 26 de agosto, a cotação perde 5,73%.

“O dólar foi por muitos dias, talvez meses, disfuncional para o outro lado”, disse no Twitter Marcos Weigt, sócio da BR Advisors. “Tudo melhorava, mas o dólar subia… Claro que foi um movimento global, mas o real conseguiu a proeza de ser pior entre as moedas emergentes também! Portanto (o dólar) tem gordura para queimar”, completou.

O real ainda cai 24,15% em 2020, de longe o pior desempenho global. No ano até a quarta-feira, o índice MSCI para moedas emergentes perdia 2,05%, queda muito mais branda que a de 25,11% do real no mesmo período.

A moeda brasileira mais uma vez liderou as altas entre as principais divisas nesta sessão, depois de recorrentemente figurar entre as piores posições da tabela.

O bom desempenho do câmbio foi associado ainda a zeragem de posições compradas em dólar para proteger exposição na bolsa brasileira. Sinal disso, a moeda dos EUA e o Ibovespa caíram juntos. O índice de referência do mercado de ações doméstico fechou em baixa de 1,28%, segundo dados preliminares.

“Se o dólar é bastante usado para seguro, e o cenário de reformas está dando uma clareada, normal reduzir um pouco o tamanho (desse hedge). Acho que isso está fazendo preço no dólar”, disse um profissional com ampla experiência em operações de mesa de câmbio.

O governo do presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta quinta-feira sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa que restringe a prerrogativa de estabilidade no emprego para os servidores públicos e acaba com uma série de benefícios, como férias de mais de 30 dias e aposentadoria compulsória como punição.

Embora o envio do texto tenha sido visto como uma boa sinalização em termos de direção fiscal, alguns analistas de mercado fizeram ponderações. “A reforma administrativa é a termo (vai gerar economia apenas no futuro), e a reforma tributária (está) esquecida pelo governo”, disse um estrategista.

Ainda nesta quinta, o mercado de câmbio recebeu bem dados positivos da produção industrial, que endossaram leituras de retomada econômica –o que deixa o país mais atrativo para fluxo estrangeiro.

Em julho, a produção industrial cresceu 8,0% na comparação com o mês anterior, com o resultado ficando acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de ganho de 5,7%. E o PMI Composto do Brasil –uma medida do ritmo e intenção de atividade no setor privado– mostrou crescimento pela primeira vez desde fevereiro.

O dólar caiu ante o real a despeito do fortalecimento da divisa norte-americana no exterior, em dia de forte baixa nos mercados de ações em Wall Street, em correção liderada pelo setor de tecnologia, o mesmo que puxou o rali do mercado norte-americano desde o crash causado pela pandemia de Covid-19.

O índice norte-americano Nasdaq –com forte peso de papéis de tecnologia– encerrou em queda de 4,97%, enquanto o S&P 500 –referência nos EUA– cedeu 3,46%, ambos de acordo com dados preliminares.

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