O Ifix, principal indicador de Fundos Imobiliários da Bolsa, apresentou desempenho positivo em agosto, com alta de 1,8%. Segundo a Guide investimentos, alguns fatores favoreceram o desempenho positivo do índice.
Primeiro, o alívio com as preocupações sobre a possível inclusão dos Fundos Imobiliários na reforma tributária. Depois, a retomada mais forte de atividades presenciais das empresas beneficiando o segmento de lajes corporativas. E por fim, a flexibilização das restrições, com mais tempo de funcionamento dos shoppings.
Para setembro, a preferência continua sendo por ativos mais defensivos e resilientes. As recomendações de Fundos Imobiliários (FIIs) das instituições para este mês são puxadas pelos fundos HGRE11, BCFF11 e BTLG11.
As companhias apareceram em carteiras recomendadas de Mirae, Nova Futura, Guide, Terra e Ativa Investimentos.
Outros nomes que se repetiram entre as casas foram HFOF11, IRDM11, BRCO11, TRXF11 e JSRE11.
Perspectivas para setembro
A crise derivada da pandemia causou a desaceleração da economia, aumento de desemprego e incertezas. Dessa forma, casas de análises como Guide e Ativa reforçam suas preferências por ativos mais defensivos e resilientes.
“Mantemos uma exposição relevante a segmentos mais defensivos e resilientes, antecipando possíveis volatilidades no setor e visando trazer o máximo de estabilidade aos nossos investidores” explica a Guide.
“Na nossa opinião, dado ao cenário de forte incerteza, nossa carteira mantém o viés de cautela”, diz a Terra Investimentos.
Por outro lado a Mirae Asset se mostra mais otimista que seus pares. “Acreditamos que a volta da economia poderá ocorrer como maior magnitude ao longo do segundo semestre de 2020 e principalmente em 2021”, opina.
A Mirae destacou que, com a queda dos juros, o retorno dos FIIs deverá continuar superior e até mesmo aumentando seu ganho em relação à taxa Selic, sendo uma boa opção.
“Seguimos otimistas com segmento de galpões de logística, fundos de fundos e esperamos recuperação nas vendas dos shoppings a partir do final do terceiro trimestre deste ano e com mais ênfase no quarto trimestre e em 2021”, diz a Mirae.
A Guide Investimentos diz estar acompanhando de perto a reforma tributária e, ressalta que acha improvável a taxação de Fundos Imobiliários a nível corporativo.
“Esse não é o foco da reforma, de acordo com as últimas declarações do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o Ministro da Fazenda, Paulo Guedes”, lembra a Guide.
CSHG Real (HGRE11)
O fundo imobiliário CSHG Real (HGRE11) foi o mais recomendado dentre as carteira observadas.
A Guide Investimentos acredita que os ativos do HGRE11 são ideais para se posicionar no segmento de lajes corporativas.
Isso porque, possui majoritariamente edifícios classificados com A+, que historicamente apresentam características mais defensivas em momentos de crise.
O HGRE11 possui atualmente 22 edifícios, destacando-se especialmente pela alta concentração de ativos em regiões Premium de São Paulo, como Faria Lima, Berrini, Chucri Zaidan.
A Ativa Investimentos também destaca a boa localização e diversificação do fundo.
Além disso, segundo a Guide, o fundo apresenta um desconto bastante relevante (VM/VP ~0,91x).
BTG Pactual Fundos de Fundos (BCFF11)
O BCFF11 é um dos fundos de fundos mais bem capitalizado do segmento (~R$ 300 milhões em caixa).
Conforme a Guide, isso permite ao fundo surfar oportunidades pontuais geradas por oscilações de mercado, ou participar de ofertas restritas.
Além disso, a gestora destaca a excelente liquidez do fundo, tendo peso relevante no IFIX e contando com mais de 210 mil cotistas e gestão altamente experiente e qualificada com bom histórico de alocações e rentabilidade.
BTG Logística (BTLG11)
O BTLG11 é um fundo logístico, que possui 6 imóveis alugados para 6 empresas diferentes.
Segundo a Guide, o segmento logístico tem apresentado o perfil mais defensivo entre os segmentos imobiliários.
“Acreditamos nos fundamentos do setor e gostamos da resiliência que tem apresentado”, reforça.
A Guide enxerga o BTLG11 como o melhor nome para se estar posicionado, visto seu amplo pipeline de aquisições.
“Grande parte dos contratos são atípicos de longo prazo e apresenta qualidade nos locatários, além da diversificação de setores da indústria, explica a Ativa Investimentos”.