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Mastercard cria plataforma para testar moedas digitais de bancos centrais

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A Mastercard, gigante global de tecnologia de pagamentos, anunciou nesta terça-feira (09) a criação de uma plataforma de testes de moedas digitais de bancos centrais, as famosas CBDCs. 

De acordo com o comunicado de imprensa, a plataforma de teste virtual é personalizável e permite que os bancos centrais avaliem casos de uso e testem estratégias de implementação para CBDCs a partir da simulação de um ecossistema. 

A plataforma permite simular a emissão, distribuição e troca de CBDCs entre bancos, prestadores de serviços financeiros e consumidores. 

Também será possível demonstrar uso das moedas digitais como pagamento de bens e serviços e a avaliar projetos de tecnologia CBDC, incluindo construção técnica, segurança e testes iniciais do design e das operações.

“Bancos centrais, bancos comerciais e empresas de tecnologia e consultoria são convidados a fazer parceria com a Mastercard para avaliar projetos de tecnologia CBDC, validar casos de uso e avaliar a interoperabilidade com trilhos de pagamento existentes disponíveis para consumidores e empresas hoje”, diz a publicação. 

Bancos Centrais aceleraram o passo

As colaborações entre os setores público e privado na exploração das CBDCs podem ajudar os bancos centrais a entender melhor a gama de possibilidades e capacidades tecnológicas disponíveis em relação a esses ativos, afirma Sheila Warren, chefe de Blockchain, Ativos Digitais e Política de Dados do Fórum Econômico Mundial.

Os bancos centrais aceleraram sua exploração de moedas digitais com uma variedade de objetivos, desde a promoção da inclusão financeira até a modernização do ecossistema de pagamentos”, aponta a Mastercard. 

Segundo o texto, 80% dos bancos centrais pesquisados estão envolvidos em alguma forma de trabalho com CBDCs, e cerca de 40% passaram da pesquisa conceitual para a experimentação de conceito e design. 

A companhia enfatiza que deseja trazer o maior número possível de pessoas para a economia digital. Por isso, está “impulsionando a inovação com o setor público, bancos, fintechs e empresas de consultoria na exploração das moedas digitais de bancos centrais. 

A Mastercard entende que cada banco central difere em sua exploração de CBDCs, e a plataforma está pronta para explorar se os CBDCs se adaptam às necessidades de uma região ou país.” 

Real digital

No mês passado, o Banco Central do Brasil anunciou a criação de um grupo de estudos para discutir o modelo de moeda digital no país. 

Depois de dizer que o PIX, novo sistema de pagamentos instantâneos do BC, terminará em moeda digital, Roberto Campos Neto, presidente da entidade monetária, revelou na semana passada que o Brasil deve ter uma CBDC ainda em 2022, acrescentando que a iniciativa é consequência do processo de digitalização e modernização do sistema financeiro do BC. 

Diversos países já anunciaram que estão em processo de criação de suas próprias CBDCs. Para Eric Maskin, ganhador do prêmio Nobel de Economia, esse será o fim das criptomoedas, que se diferem das CBDCs por serem descentralizadas,, ou seja, funcionam fora do controle de qualquer governo.

Por Viviane Nogueira

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