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Os pilotos da United Airlines (NASDAQ:UAL) aprovaram um plano para evitar licenças até pelo menos junho de 2021, disse a empresa na segunda-feira, marcando o mais recente acordo de corte de custos entre uma companhia aérea e um de seus maiores grupos trabalhistas durante a pandemia do coronavírus.
A transportadora com sede em Chicago anunciou no início deste mês que planejava dispensar 2.850 pilotos a partir de 1º de outubro, quando expirar o auxílio federal de US$ 25 bilhões que protege os empregos no setor de aviação civil. Outras 1.000 licenças foram planejadas para o próximo ano. Posteriormente, chegou a um acordo preliminar com o sindicato dos pilotos para reduzir a carga horária mínima, essencialmente distribuindo horários entre os pilotos, e mantendo os índices salariais, o que foi posteriormente aprovado pelos sindicalistas.
A companhia aérea ainda planeja cortar cerca de 13.000 empregos a partir do próximo mês. A American Airlines (NASDAQ:AAL) está planejando cortar cerca de 19.000 empregos. Dezenas de milhares de outros funcionários em todas as companhias aéreas dos EUA aceitaram as ofertas das transportadoras de aquisições ou licenças com o objetivo de reduzir o número de funcionários.
As companhias aéreas hesitam em dispensar os pilotos porque seu treinamento é caro e demorado. O negócio manterá os pilotos nas aeronaves em que serão treinados.
Embora o CEO da United, Scott Kirby, tenha dito que não espera que a demanda volte a mais da metade dos níveis de 2019 sem uma vacina, ele enfatizou que a transportadora deve estar pronta para tirar proveito de uma recuperação.
“Embora ainda enfrentemos um caminho difícil para a recuperação, seu apoio a este acordo criativo e único nos coloca em uma posição de força sem paralelo enquanto a demanda se recupera”, escreveu o vice-presidente sênior de operações de voo da United, Bryan Quigley, em uma nota à equipe na segunda-feira. “Além de evitar licenças, este acordo aumenta muito nossa capacidade de recuperação – para que possamos receber mais passageiros e retornar aos níveis de 2019 de assento e avanço da frota mais rapidamente.”
O acordo obteve a aprovação de 58% dos cerca de 12.000 pilotos do United, e fará cortes mais profundos nas horas mínimas de pilotos mais juniores.
Sindicatos trabalhistas e executivos de companhias aéreas estão pedindo aos legisladores um adicional de US$ 25 bilhões em auxílio que preservaria empregos até o final de março. A ajuda adicional obteve o apoio bipartidário no Congresso e do presidente Donald Trump . Mas os legisladores até agora não chegaram a um novo pacote nacional de estímulo ao coronavírus que inclua a ajuda, embora a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, tenha dito no domingo que outra proposta de alívio é possível.
“Com este acordo agora solidificado, voltaremos nosso foco ao Congresso para garantir uma extensão da Lei CARES muito necessária para manter nossa indústria solvente até que nos recuperemos desta pandemia,” Capitão Todd Insler, presidente da Associação de Pilotos da Air Line capítulo, disse em um comunicado.
Se as companhias aéreas obtiverem ajuda adicional, o novo acordo com os pilotos será interrompido. O acordo também incluiu outra opção de aposentadoria antecipada para pilotos com mais de 50 anos de idade e 10 ou mais anos de experiência.
As ações da United atingiram altas da sessão após o anúncio, mas caíram um pouco no final da tarde, sendo negociadas em alta de 5%. A Delta Air Lines (NYSE:DAL) , que ainda está em negociações com o sindicato dos pilotos para evitar 1.941 folgas, teve alta de 5,2%. A American subiu 4%.
(Com CNBC)
