A Alemanha foi o único país da zona do euro a registrar crescimento econômico sólido em setembro. Grande parte do restante da região sentiu o impacto do desaquecimento do setor de serviços.
Embora a retomada do comércio global tenha ajudado o setor a se recuperar da pandemia de coronavírus, o que beneficia a Alemanha voltada para as exportações, muitos países do sul da região dependem mais do turismo e da hospitalidade.
Esses setores permanecem gravemente afetados pela crise, especialmente com o aumento dos casos de coronavírus.
Governos alertam contra viagens desnecessárias e impõe novas restrições a restaurantes e bares. Para Espanha e França, isso significa nova queda do PIB do setor privado em setembro, e a atividade na Itália praticamente estagnou.
A queda do indicador do setor de serviços na Espanha, para 42,4, foi a mais forte da região. A baixa foi generalizada, e apenas a Alemanha registrou crescimento.
Autoridades do Banco Central Europeu têm expressado preocupação com a desaceleração da recuperação econômica, e alguns sugeriram que mais estímulos monetários podem ser necessários.
A inflação é outra preocupação, já que os preços ao consumidor caem novamente. De acordo com a IHS Markit, as empresas cortaram encargos de produção pelo sétimo mês consecutivo.
O Conselho do BCE realizará sua próxima reunião de política monetária em 29 de outubro, embora economistas acreditem que a instituição vai esperar até dezembro antes de aumentar novamente o programa de compra de títulos.