A Ant Group planeja aumentar a meta de valuation de sua oferta pública inicial para pelo menos US$ 280 bilhões devido à forte demanda. A empresa decide ir em frente com o IPO mesmo quando o governo Trump avalia restrições contra a fintech chinesa, de acordo com pessoas a par do assunto.
A empresa com sede em Hangzhou elevou a meta em pelo menos 12% em relação à estimativa anterior de US$ 250 bilhões após discussões iniciais com investidores, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. A Ant pretende levantar cerca de US$ 35 bilhões com a oferta, segundo fontes.
Apesar dos obstáculos nos EUA, a Ant, de Jack Ma, segue em frente no que poderia ser o maior IPO do mundo, com listagens no mesmo dia em Hong Kong e em Xangai, disseram as pessoas.
Em US$ 280 bilhões, o valor de mercado da Ant seria maior do que o do Bank of America e o triplo da capitalização do Citigroup, enquanto o IPO superaria o recorde de US$ 29 bilhões da Saudi Aramco.
A Bolsa de Valores de Hong Kong agendou uma audiência sobre a Ant para a próxima semana, enquanto aguarda a aprovação do regulador de valores mobiliários chinês, uma exigência para empresas que realizam listagens duplas na China e em Hong Kong, disseram pessoas próximas à operação. A Ant e a Bolsa de Hong Kong não quiseram comentar em comunicados enviados por e-mail.
A audiência de Hong Kong perante um painel de 28 membros de profissionais externos é esperada há semanas. Se atrasar muito mais, o IPO corre o risco de coincidir com as eleições de 3 de novembro nos EUA, onde alguns esperam que o aumento dos votos por correio gere incerteza prolongada.
A diferença de uma semana em Hong Kong entre a precificação de um IPO e o início das negociações pode deixar investidores expostos a um mercado mais volátil.
O governo Trump estuda restrições contra a Ant, bem como contra a rival Tencent, sob a alegação de que suas plataformas de pagamento digital ameaçam a segurança nacional dos EUA.