BRASIL
O IPC-S de 07 de outubro de 2020 subiu 1,18%, ficando 0,36 ponto percentual (p.p) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,62% no ano e 4,93% nos últimos 12 meses.
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro teve alta de 3,4% na passagem de julho para agosto deste ano. Com o resultado, o indicador atingiu o maior patamar da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), iniciada em 2000, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014.
A produção agrícola nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas somou, no ano passado, 243,3 milhões de toneladas, alta de 6,8% em comparação a 2018, com valor de produção recorde de R$ 361 bilhões e expansão de 5,1% sobre o ano anterior.
O destaque foi para o milho, que ultrapassou pela primeira vez 100 milhões de toneladas. A cultura do milho registrou 101,1 milhões de toneladas em 2019, mostrando aumento de 22,8% em relação à safra anterior. O algodão herbáceo (em caroço) também atingiu recorde de 6,9 milhões de toneladas, incremento de 39,1%, enquanto a cana-de-açúcar apresentou recuperação frente a 2018, com crescimento no valor de produção de 5,3% no ano passado.
Os dados constam da pesquisa Produção Agrícola Municipal 2019 (PAM 2019), divulgada hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quanto à soja, a principal commodity (produto mineral e agrícola comercializado no mercado internacional) agrícola do Brasil, a área colhida cresceu 3,2%, mas o volume gerado caiu 3,1%, em razão de fatores climáticos adversos em alguns dos principais estados produtores (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul). Mesmo assim, os pesquisadores do IBGE analisaram que 2019 se consolidou com a terceira maior produção de soja na série histórica.
O setor industrial nacional teve alta em 12 dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional), na passagem de julho para agosto. O resultado mostra que seis locais já superaram o patamar pré-pandemia da covid-19: Amazonas (7,6%), Pará (5,5%) Ceará (5%), Goiás (3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco (0,7%) estão acima do nível de produção de fevereiro de 2020.
A produção industrial nacional cresceu 3,2% em agosto, quarta alta seguida. O gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, explicou que esse resultado está ligado à reabertura e à flexibilização do isolamento social. “A pesquisa reflete, em grande medida, a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações e interrupções por conta da pandemia”.
ESTADOS UNIDOS
Os primeiros pedidos de seguro-desemprego totalizaram 840.000 na semana passada, mais do que o esperado em outro sinal de que o pico no crescimento do emprego durante o verão esfriou no final do ano.
Economistas consultados pela Dow Jones esperavam 825.000 novas reivindicações.
Embora o total tenha sido um pouco pior do que Wall Street esperava, ainda representou um declínio modesto em relação aos 849.000 revisados para cima de uma semana atrás. Também foi o menor nível de reclamações desde a paralisação induzida por vírus em meados de março.
As reclamações têm estado acima de 800.000 todas as semanas desde que a Organização Mundial da Saúde declarou o coronavírus uma pandemia, levando à paralisação da economia dos EUA.
No entanto, os sinistros contínuos caíram drasticamente novamente, caindo pouco mais de 1 milhão, para 10,98 milhões, de acordo com o comunicado do Departamento do Trabalho. As reivindicações contínuas ultrapassam o número de reivindicações semanais do título em uma semana.
A taxa de desemprego dos segurados, medida básica da força de trabalho em comparação com os que recebem benefícios, também caiu de 8,2% para 7,5%, a menor desde 28 de março.
EUROPA
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou nesta quinta-feira que a autoridade monetária da zona do euro ainda tem munição para combater a crise econômica trazida pelo novo coronavírus.
“Temos margem para ajustes em nosso programa de compras de ativos”, destacou, durante “live” promovida pelo portal El Economista. Por outro lado, ele ponderou sobre o espaço para atuação do BCE em um contexto de fortalecimento do euro no exterior.
“A taxa de câmbio afeta indiretamente nossa reação à crise, mas não há ‘linha vermelha’ para escalada da moeda”, disse. Há algum tempo circula no mercado que dirigentes do BCE estariam incomodados com a cotação do euro e os impactos disso no processo de recuperação econômica.
A presidente da autoridade monetária, Chrstine Lagarde, porém, sempre ressalta que a autarquia não tem uma meta de taxa de câmbio de forma a afastar rumores de eventual atuação do banco central local para conter o fortalecimento da divisa comum.
A saída total da Grã-Bretanha da União Europeia pode ser difícil para os investidores, já que os bancos trabalham em novos centros no bloco, mas há poucas ameaças à estabilidade financeira mais ampla, disse o Banco da Inglaterra na quinta-feira.
A Grã-Bretanha deixou a UE em janeiro e o acesso total ao mercado único sob acordos de transição expira em 31 de dezembro, com o futuro acesso aos serviços financeiros a ser decidido.
O Comitê de Política Financeira do BoE disse que a maioria dos riscos para a estabilidade que poderiam surgir da interrupção dos negócios internacionais após dezembro foram agora mitigados.
“Pode ocorrer alguma volatilidade do mercado e interrupção dos serviços financeiros, especialmente para clientes da UE”, disse o FPC.
Bruxelas concedeu acesso ao mercado para câmaras de compensação do Reino Unido a partir de janeiro, embora apenas por 18 meses.