De acordo com o jornal, 93% dos recursos da oferta primária serão usados para aquisições, fusões e crescimento orgânico. O grupo também pretende realizar uma oferta secundária, mas não deu detalhes.
Atualmente, as famílias Padovesi e Figueiredo possuem, juntas, 56,5% do capital da empresa. Os outros 43,4% estão nas mãos do fundo soberano de Cingapura (GIC).
Crescimento
A Cruzeiro do Sul vislumbra o IPO desde 2017, mas adiou os planos para este ano. Em 2018, o diretor de planejamento da empresa, Fábio Figueiredo, afirmou, em entrevista ao Valor, que “a meta é tornar-se o terceiro maior grupo de ensino e, para chegar lá, estão analisando ativos em todo o país”.
Atualmente, o conglomerado é o quinto na lista dos gigantes do ensino superior privado.
Em março de 2020, a Cruzeiro do Sul concretizou a compra da Universidade Positivo, pouco depois de adquirir o Centro Universitário Braz Cubas. Além disso, vem investindo na expansão da infraestrutura dos seus campi.
Neste ano, a Cruzeiro do Sul inaugurou um campus de 20 mil metros quadrados em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. O prédio tem capacidade para atender a 8 mil alunos.
Com a expansão, o conglomerado chegou a cerca de 350 mil alunos, mais de 9 mil funcionários e mais de mil polos em todo o Brasil, figurando como o quinto maior grupo educacional do país.
O pedido de IPO do grupo educacional é liderado pelos bancos Bradesco BBI, BTG Pactual, Bank of America, Morgan Stanley e Santander.
A companhia informou que “não podem comentar nenhuma informação sobre o assunto neste momento”.