A companhia Enjoei divulgou o prospecto de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), estimando arrecadar até R$ 1,3 bilhão. Para alcançar este valor, ela terá de vender todas as ações de sua oferta base, um total de 96.265.123 ações, no topo da faixa indicativa de preços, que varia de R$ 10,25 a R$ 13,75.
A empresa pretende colocar 45.935.000 ações na oferta primária, cujos recursos vão para o caixa da empresa, e 50.330.123 ações na secundária, em que os valores vão para os acionistas que estão vendendo a participação.
A quantidade de ações pode aumentar, caso ela decida colocar um lote adicional de até 20% do total de ações da oferta base – em até 19.253.025 ações – e um lote suplementar de até 15%, ou 14.439.768 unidades. Se toda esta quantidade de ações for vendida, a Enjoei pode levantar até R$ 1,8 bilhão com seu IPO, novamente considerando o valor no topo da faixa indicativa.
A definição do preço final do IPO está prevista para 27 de outubro. As ações vão estrear na B3 dia 29 de outubro, no Novo Mercado, o mais alto índice de governança corporativa da bolsa, com o ticker “ENJU3”. O IPO está sendo coordenado por BTG Pactual, Bradesco BBI, J.P. Morgan, XP e UBS BB.
A Enjoei foi criada em 2009 por Ana Luiz McLaren e Tiê de Lima, como um blog que vendia roupas usadas. Após aportes de fundos de investimentos, o site se transformou em uma plataforma em que os usuários criam “lojinhas” para oferecer seus produtos. São mais de 1,9 milhão de vendedores e mais de 1,5 milhão de compradores desde o lançamento da plataforma até o primeiro semestre deste ano.
No segundo trimestre, a companhia registrou um volume total de vendas (GMV) de R$ 112,6 milhões, um aumento de 86,4% em relação ao mesmo período de 2019.