ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for pro Negocie como um profissional: Aproveite discussões em tempo real e ideias que movimentam o mercado para superar a concorrência.

GPC Participações (GPCP) 3T20: Lucro líquido de R$ 25,64 milhões

LinkedIn

A companhia GPC Participações anunciou um lucro líquido de R$ 25,64 milhões no 3º trimestre de 2020, valor 95,34% superior ao lucro líquido apurado no mesmo período do ano anterior (R$ 13,13 milhões). O lucro líquido ajustado foi de R$ 21,8 milhões nos nove primeiros meses de 2020, aumento de 86,6% na comparação com 2019.

Os resultados da GPC Participações (BOV:GPCP3) (BOV:GPCP4) referente a suas operações do terceiro trimestre de 2020, foram divulgados no dia 16/10/2020.

Quem olha os números da GPC Participações (GPCP3), certamente não imagina se tratar de uma empresa ainda em Recuperação Judicial. Novamente, seus resultados trimestrais mostraram ótimos números, mesmo em um ano com uma das maiores crises da história do mercado de investimentos.

Ebitda ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 43 milhões, alta de 27,5% na comparação com o mesmo período de 2019. A margem EBTIDA do período foi de 15,8%.
A GPC Participações foi constituída em 1997 como uma companhia de capital aberto, listada na B3. A empresa detém o controle acionário na GPC Química, Apolo Tubos e Equipamentos e Apolo Tubulars, bem como compartilha o controle acionário com a Petróleo Brasileiro – Petrobras na Metanor  – Metanol do Nordeste e Copenor – Companhia Petroquímica do Nordeste. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.
A empresa tem atuação nos segmentos químico, com foco na indústria madeireira e aço, com foco em tubos para a indústria de óleo & gás, construção civil, infraestrutura e indústria automobilística, por meio de suas controladas diretas ou indiretas GPC Química S.A, Apolo Tubos e Equipamentos e Apolo Tubulars S.A, de suas coligadas Metanor S.A. Metanol do Nordeste e Companhia Petroquímica do Nordeste.
A Companhia segue no processo de redução de sua alavancagem financeira. No 3º trimestre de 2020 mantivemos a trajetória de redução da alavancagem financeira, com destaque para a redução na posição de recebíveis antecipados, uma das dívidas mais onerosas da Companhia, sem que houvesse impacto significativo na posição de caixa. Como consequência, já temos observado um aprimoramento no acesso a crédito, o que nos permite melhorar nosso custo financeiro, bem como realizar algumas operações de alongamento da dívida de forma a aumentar nossa capacidade de investimento.
Sua dívida líquida atual é de R$ 271,5 milhões, nível considerado confortável em relação ao seu Ebitda (Dív Líquida / Ebitda = 2,1x). Como referência, um ano antes a dívida líquida era de R$ 357,2 milhões com o mesmo indicador em 4,4x. A redução da dívida entre anos foi de incríveis 24%. Se isso não bastasse, a empresa ainda possui terrenos disponíveis para venda (não operacionais); caso concretizadas, reduzirão ainda mais sua dívida.
A relação Dívida Líquida / EBITDA LTM(1) da Companhia encerrou o trimestre em 2,1x. Para referência, no final do 2º trimestre de 2020 e do 4º trimestre de 2019, a Companhia apurou respectivamente a relação de 2,4x e 4,5x, o que reforça a consistência do trabalho que está sendo realizado. A dívida bruta da Companhia é majoritariamente composta por dívidas de longo prazo, cerca de 65,2%, com peso relevante das dívidas fiscais que representam cerca de 52,2% da dívida bruta total. “Entendemos que o perfil alongado da dívida bruta proporciona uma melhor gestão dos fluxos de pagamentos ao longo dos próximos anos” informou a empresa na divulgação dos resultados.
A receita líquida da companhia aumentou 34,09% de um ano para o outro, passando de R$ 214,88 milhões para R$ 288,12 milhões.
O patrimônio líquido da companhia, por sua vez, apresentou retração de 57,89%, ao comparar todos os valores contábeis que os seus sócios possuíam no fechamento do 3º trimestre de 2020 (R$ 320,05 milhões) com a mesma data em 2019 (R$ 202,71 milhões).
A Companhia realizará um investimento estimado em R$ 25 milhões nos próximos meses, em Araucária (PR), adicionando mais de 160.000 toneladas por ano de capacidade de produção de resinas do Segmento Químico

Setor Químico

O setor de painéis de madeira MDP e MDF no Brasil, principal cliente das resinas produzidas pelo Segmento Químico, se encontra com a operação em plena capacidade.
A retomada da produção já ocorreu nas 20 plantas produtoras de painéis que atualmente operam no Brasil. O nível de produção decorre da necessidade de atender o mercado interno de móveis, cujo desempenho já é 8% superior ao período antecedente à pandemia. Adicionalmente, a exportação de compensados de pinus fenólico no 3º trimestre de 2020 foi 60% superior ao volume do mesmo período de 2019.
Nos primeiros nove meses de 2020, o Volume de Vendas da GPC Química cresceu 5,6% (ou 14,8 kton), em comparação com o mesmo período do ano anterior. Se analisado, exclusivamente, o 3º trimestre de 2020, se constata um crescimento de 21,9% (ou 20,4 kton), comparado com o mesmoperíodo do ano anterior, enquanto houve um incremento de 63,5% (ou 44,3 kton) em relação ao Volume de Vendas realizado no 2º trimestre de 2020.
A Receita Líquida nos nove primeiros meses de 2020 atingiu R$ 444,8 mi, acréscimo de 12,5% (ou R$ 49,3 mi) em relação aos R$ 395,5 mi do mesmo período do ano anterior. De forma isolada, no 3º trimestre de 2020, a Receita Líquida atingiu R$ 184,4 mi, aumento de 32,6% (ou R$45,3 mi) em relação aos R$ 139,1 mi do mesmo período do ano anterior. Em comparação com o 2º trimestre de 2020, período impactado pelo lockdown, observou-se um aumento de 53,0% (ou R$ 63,8 mi) na Receita Líquida.
O Lucro Bruto nos nove primeiros meses aumentou 25,8% (ou R$ 19,9 mi), de R$ 77,0 mi em 2019 para R$ 96,9 mi em 2020. Apesar dos efeitos adversos ocasionados pelo Covid-19, o incremento ocorreu devido ao aumento no volume de vendas e ao aumento de Margem Bruta de 2,3 p.p, que cresceu de 19,5% nos nove primeiros meses de 2019, para 21,8% no mesmo período de 2020, acompanhando o ganho da escala e de eficiência da operação. O Lucro Bruto do 3º trimestre de 2020 aumentou 23,0% (ou R$ 6,7 mi), totalizando R$ 35,8 mi, contra R$ 29,1 mi no 3º trimestre de 2019, impulsionado principalmente pelo aumento no volume de vendas. Comparando o 3º trimestre de 2020 com o 2º trimestre do mesmo ano, se observa no Lucro Bruto um aumento de 42,4% (ou R$ 10,7 mi).
O EBITDA ajustado dos nove primeiros meses de 2020 alcançou R$ 74,7 mi, contra R$ 52,9 mi no mesmo período do ano anterior, um crescimento de 41,2% (ou R$ 21,8 mi). Neste período, houve um incremento relevante de 3,4 p.p. na Margem EBITDA ajustada a qual passou de 13,4% para 16,8% quando comparada com o mesmo período de 2019. Analisando o 3º trimestre de 2020 contra o mesmo período de 2019 o EBITDA ajustado e a Margem EBITDA ajustada também tiveram incrementos expressivos, respectivamente 38,1 % (ou R$ 7,7 mi) e 0,6 p.p. com o aumento da margem de 14,6% para 15,2%. Em relação ao 2º trimestre de 2020, o 3º trimestre de 2020 apresentou um crescimento de 46,5% (ou R$ 8,9 mi) no EBITDA Ajustado e queda de 0,7 p.p na Margem EBITDA ajustada.
Nos nove primeiros meses de 2020, foram reconhecidos itens não recorrentes que, em conjunto, impactaram em R$ 22,4 mi o resultado. Estes itens estão relacionados em sua maioria a (i) honorários de êxito em processos judiciais, cujo impacto negativo no resultado foi de R$ 13,8 mi; e à (ii) reversão de provisão para contingências, cujo impacto positivo no resultado foi de R$ 45,1 mi.

Setor de Aço

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, a indústria da construção civil segue registrando desempenho cada vez mais favorável após a forte redução da atividade no mês de abril de 2020. Os índices de evolução do nível de atividade e do número de empregados continuaram em trajetória de recuperação. Em agosto de 2020, o nível de atividade no setor subiu e a utilização da capacidade operacional voltou a se situar no patamar observado no período antecedente à pandemia.
Nos primeiros nove meses de 2020, o Volume de Vendas cresceu 28,1% (ou 11,6 kton), em comparação com o mesmo período do ano anterior. Se analisado, exclusivamente, o 3º trimestre de 2020, se constata um crescimento de 45,1% (ou 6,2 kton), comparado com o mesmo período do ano anterior, enquanto houve um incremento de 35,5% (ou 5,2 kton) em relação ao Volume de Vendas realizado no 2º trimestre de 2020.
A Receita Líquida nos nove primeiros meses de 2020 atingiu R$ 272,4 mi, acréscimo de 33,3% (ou R$ 68,1 mi) em relação aos R$ 204,3 mi do mesmo período do ano anterior. De forma isolada, no 3º trimestre de 2020, a Receita Líquida atingiu R$ 103,7 mi, aumento de 36,8% (ou R$ 27,9 mi) em relação aos R$ 75,8 mi do mesmo período do ano anterior. Em comparação com o 2º trimestre de 2020, observou-se um aumento de 33,7% (ou R$ 26,2 mi) na Receita Líquida.
O Lucro Bruto nos nove primeiros meses aumentou 73,8% (ou R$ 26,2 mi), de R$ 35,6 mi em 2019 para R$ 61,8 mi em 2020. A margem bruta no período teve incremento de 5,3 p.p., saindo de 17,4% para 22,7%. O forte aumento de margem bruta observado foi ocasionado principalmente pela venda de produtos com maior valor agregado. O Lucro Bruto do 3º trimestre de 2020 aumentou 15,3% (ou R$ 3,2 mi), totalizando R$ 23,9 mi, contra R$ 20,8 mi no 3º trimestre de 2019, impulsionado principalmente pelo aumento no volume de vendas e aquecimento do mercado de construção civil. Diferentemente do que ocorreu no 1º semestre de 2020, o aumento do Lucro Bruto do 3º trimestre de 2020 foi resultado do aumento de vendas de produtos com menor valor agregado, resultando em uma redução de 4,3 p.p. da margem bruta do trimestre, se comparada com o 3º trimestre de 2019. Comparando o 3º trimestre de 2020 com o 2º trimestre do mesmo ano, se observa no Lucro Bruto um aumento de 37,4% (ou R$ 6,5 mi).
O EBITDA ajustado dos nove primeiros meses de 2020 alcançou R$ 39,1 mi, contra R$ 13,9 mi no mesmo período do ano anterior, um crescimento de 180,6% (ou R$ 25,2 mi). Neste período, houve um incremento relevante de 7,5 p.p. na Margem EBITDA ajustada a qual passou de 6,8% para 14,4% quando comparada com o mesmo período de 2019. A expansão da margem foi motivada pela venda de produtos de maior valor agregado. Analisando o 3º trimestre de 2020 contra o mesmo período de 2019, o EBITDA ajustado e a Margem EBITDA ajustada variaram respectivamente 11,3 % (ou R$ 1,6 mi) e redução de 3,5 p.p. de margem de 18,8% para 15,3%, pelo mesmo motivo explicado no parágrafo anterior. Em relação ao 2º trimestre de 2020, o 3º trimestre de 2020 apresentou um crescimento de 59,0% (ou R$ 5,9 mi) no EBITDA Ajustado e crescimento de 2,4 p.p na Margem EBITDA ajustada. Nos nove primeiros meses de 2020, foram reconhecidos itens não recorrentes que impactaram, de forma consolidada, em R$ 16,1 mi o resultado.
Estes itens estão relacionados em sua maioria à reversão de provisão para contingências, cujo impacto positivo no resultado foi de R$19,9 mi e a honorários de êxito em processos judiciais, cujo impacto negativo no resultado foi de R$2,6 mi.
” No Segmento Aço, seguimos com capacidade que entendemos equalizada para atender as atuais demandas de mercado. Investimentos pontuais são realizados para agregar mais valor aos nossos produtos e clientes. Vale ressaltar, ainda, que estarmos buscando constantemente ganhos de sinergias entre as operações da Apolo Tubos e Apolo Tubulars” finalizou a empresa.
Saída da Recuperação Judicial

Em 21 de julho desse ano, a companhia solicitou o encerramento do processo de Rec. Judicial, o qual obteve parecer favorável do Administrador Judicial. Na sequência, o Ministério Público também deu seu parecer favorável.

Atualmente, o processo retornou ao juízo, que possivelmente encerrará em um curto período de tempo.

As vantagens da eventual saída apontadas pela GPC são a melhor estrutura de financiamento junto a fornecedores e bancos, melhor acesso a linhas de créditos a viabilidade de novas captações de dívidas de longo prazo para realização de investimentos.

 

Deixe um comentário