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Grupo Mateus precifica ações no piso da faixa a R$ 8,97

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O Grupo Mateus (BOV:GMAT3) precificou as ações a R$ 8,97, no piso da faixa inicialmente sugerida para o IPO, informam fontes. A oferta deverá movimentar perto de R$ 4,5 bilhões, considerando a colocação de lotes extras. Esse é o maior IPO realizado na B3 este ano, superando os R$ 3 bilhões captados pela Petz.

De acordo com fontes, nesse preço, a demanda pelos papéis superou a oferta em quase 5 vezes. E a maioria dos papéis, perto de 70%, ficou com investidores locais.

Com o IPO, o valor de mercado da empresa vai superar o Pão de Açúcar (R$ 18,5 bilhões) e o Carrefour Brasil (R$ 11 bilhões).

Segundo informações do Brazil Journal, este IPO fica à frente da Hapvida, até então o maior do Nordeste. E é o maior da B3 desde a oferta da BR Distribuidora em dezembro de 2017.

Com os recursos do IPO, o Mateus deve consolidar seu domínio nos estados do Maranhão, Piauí e Pará, antes de partir para um novo Estado, o Ceará.

Os principais acionistas do Grupo Mateus são:

  • Ilson Mateus Rodrigues, que possui 52,60% de participação, e pode reduzir para até 40,10%, caso haja o lote adicional.
  • Maria Barros Pinheiro, que tem 38,50%, e pode cair para até 29,30%
  • Ilson Mateus Rodrigues Junior, que tem 4,40%, e pode reduzir para 3,30%
  • Denílson Pinheiro Rodrigues, que possui 4,40%, e pode cair para 3,30%

Pontos Fortes

No prospecto preliminar da oferta na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa afirma que o montante levantado no IPO será usado para continuar a expansão orgânica das operações, que já vinha em crescimento acelerado e sólido desde 2017. O grupo encerrou o primeiro semestre de 2020 com lucro líquido de R$ 297 milhões, um aumento de 62% em relação ao mesmo período de 2019.

Além da expansão do número de lojas, segundo especialistas, há uma interessante diversificação dos modelos de negócio. Por exemplo, a empresa firmou uma parceria estratégica com o Banco Bradesco, lançando o cartão MateusCard, a fim de aumentar a recorrência das vendas em seus supermercados.

“É um modelo regional que vai se fazendo na oferta. Ele começa vender roupa, depois passa pro celular, eletrodomésticos, quando se dá conta, já é um magazine.” explica Ana Paula Tozzi, CEO e head comercial da AGR Consultores.

Outro ponto forte é repetir o sucesso de empresa familiar. Magazine Luiza e Votorantim são exemplos de companhias enormes que ainda permanecem com uma certa estrutura familiar. É um verdadeiro desafio manter essa característica no mercado de capital aberto que exige alta governança, pelo qual o Grupo Mateus terá que passar. Mas Tozzi chama atenção para como o conglomerado ainda está na sua primeira geração.

“O desafio do fundador é fazer o mix entre a gestão profissional e sucessão familiar. Eu acredito que essa combinação pode funcionar muito bem com pessoas independentes do mercado e uma sucessão bem preparada”, analisa. Se tudo der certo, o grupo irá herdar uma operação bem madura com uma cultura corporativa muito enraizada.

Um último ponto forte é a regionalização. Fora do eixo Sul – Sudeste, o nome do grupo é pouco conhecido para a maioria das pessoas. Mas pela escala da operação, já dá pra ver que a barreira competitiva foi superada. A esse ponto, seria mais fácil alguém comprar o funcionamento do Grupo Mateus do que começar tudo do zero e competir com ele.

Segundo Tozzi, isso é comum pelo país. “O pessoal tem que sair um pouco da Faria Lima. Existem vários Grupo Mateus pelo Brasil afora. E por que nunca ouvimos falar deles? Porque nunca haviam aberto capital e a própria história do varejo no país faz com que eles não se exponham”, afirma.

 

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