A incorporadora paulistana Cyrela Brazil Realty, da família Horn, teve lucro líquido de R$ 1,403 bilhão no terceiro trimestre de 2020, alta de 1200% em relação ao lucro de R$ 104 milhões no mesmo período de 2019. A companhia afirma que o desempenho foi impulsionado pelo “forte resultado operacional e ganhos não recorrentes”, incluindo as aberturas de capital das joint ventures Lavvi, Plano & Plano e Cury.
A receita da Cyrela avançou 24,4% no comparativo anual, para R$ 1,16 bilhão. Os lançamentos da companhia cresceram 46% em relação ao terceiro trimestre de 2019, para R$ 2,6 bilhões, enquanto as vendas avançaram 58%, somando R$ 2,5 bilhões.
A Cyrela afirma que o período foi marcado por uma “gradativa melhora no cenário” em meio à pandemia de covid-19, o que impulsionou o setor de construção civil “mesmo sem uma solução definitiva para a crise mundial de saúde”.
A companhia destaca fatores como a desaceleração no número de casos e redução do isolamento social, além das medidas de transferência de renda e injeção de liquidez pelas autoridades.
A incorporadora ressalta ainda que tem “perspectivas positivas” para o quarto trimestre e para 2021, considerando o contexto de taxa de juros em patamares inéditos e redução das taxas de financiamento imobiliário.
A Cyrela chegou ao fim do terceiro trimestre com dívida bruta de R$ 2,432 bilhões, recuo de 2,6% ante o fim do segundo trimestre. Nesse período, as disponibilidades em caixa subiram 39,7%, para R$ 2,396 bilhões. Como resultado, a dívida líquida encolheu 95,4%, para apenas R$ 36 milhões.
As despesas comerciais da companhia somaram R$ 72 milhões, ante R$ 71 milhões no terceiro trimestre de 2019, sendo que as despesas de mídia somaram R$ 9 milhões, uma queda de 54,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A manutenção de estoque pronto recuou 27,9%, enquanto as despesas com serviços de terceiros cresceram 78,2%, para R$ 19 milhões.
Já as despesas gerais e administrativas somaram R$ 93 milhões, em linha com o mesmo período de 2019. De acordo com a Cyrela, no acumulado do ano os valores cresceram 2,3% em razão dos aumentos de salários e encargos sociais e da participação de empregados, “em linha com a evolução natural das operações”.
O endividamento da companhia caiu 2,9% em relação ao segundo trimestre, para R$ 2,4 bilhões, enquanto a dívida líquida caiu 95,4% ante o segundo trimestre, para R$ 36 milhões.