O Ibovespa fechou em forte alta nesta segunda-feira, chegando a superar 105.000 pontos na máxima, respaldado pela eleição de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos e anúncio de Pfizer/BioNTech de que sua candidata a vacina contra o coronavírus mostrou-se 90% eficaz em estudos preliminares.
Na bolsa brasileira, a notícia da vacina embalou as companhias que mais sofreram com a pandemia e que mais devem se beneficiar de uma reabertura econômica total, com o salto nos preços do petróleo também impulsionando as ações da Petrobras.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,57%, a 103.515,16 pontos. No melhor momento, chegou a 105.146,56 pontos, renovando máxima intradia desde julho.
O volume financeiro na bolsa totalizou 49,1 bilhões de reais, bem acima da média diária de 2020 de 29,9 bilhões de reais. O giro recorde no segmento Bovespa é de 18 de dezembro de 2019, quando movimentou 54,9 bilhões de reais, líquidos do exercício sobre o Ibovespa que aconteceu no mesmo dia, com o total da sessão ficando em 79,6 bilhões de reais.
A Pfizer e BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala. Elas esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos EUA neste mês.
Um porta-voz da Pfizer afirmou à Reuters que o governo do presidente Jair Bolsonaro mantém negociações com a farmacêutica no Brasil para comprar a vacina experimental contra a Covid-19 da companhia e incluí-la no Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
A notícia sobre a vacina ampliou o clima já positivo nos mercados acionários em razão da vitória de Biden, anunciada no sábado, após uma dura campanha eleitoral, bem como sua promessa de que trabalhará para unificar um país profundamente dividido, mesmo com Donald Trump se recusando a aceitar a derrota.