A empresa ofereceu R$ 2,515 bilhões em lance vencedor, o que representou um ágio de 76,63% em relação ao valor mínimo de R$ 1,4 bilhão e superou as concorrentes CPFL Energia e Equatorial.
Na primeira etapa do leilão, de abertura dos envelopes com as propostas econômicas, a Neoenergia já havia apresentado o melhor lance, de R$ 2,2 bilhões, dando uma mostra de seu apetite. A CPFL Energia ofereceu lance de R$ 1,95 bilhão, nesta etapa, enquanto Equatorial Energia propôs R$ 1,485 bilhão.
Conforme estabelecido no edital, foi aberta segunda fase de ofertas, com lances a viva-voz e CPFL Energia e Neoenergia seguiram em intensa disputa, impulsionando o ágio. Equatorial, embora pudesse, não chegou a apresentar lances nesta fase.
A CEB-D possui cerca de 1,1 milhão de clientes em uma área considerava atraente, tendo em vista a alta densidade populacional e o alto poder aquisitivo, com PIB per capita quase 2,5 vezes a média brasileira.
Sem Enel
A grande surpresa do leilão foi a ausência da Enel. O grupo italiano era visto por especialistas no setor elétrico como grande favorito, tendo em vista o maior potencial de sinergias, já que opera a concessionária de distribuição de Goiás, atual Enel Goiás, que circunda a área de concessão da CEB-D.
No entanto, semana passada o presidente global do grupo, Francesco Starace, já havia sinalizado que poderia ficar de fora da disputa.