A rede de papelarias Kalunga pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma oferta inicial de ações (IPO). A Kalunga pretende usar os recursos da oferta primária (emissão de novas ações) para investimentos em novas lojas, abertura de um centro de distribuição no Nordeste, além do reforço e adequação na estrutura de capital da companhia e fortalecimento de suas operações de gráfica rápida nas lojas.
O pedido foi feito nesta sexta-feira (04). O IPO da Kalunga será coordenado pelo BTG Pactual, o líder da operação, além do Bradesco BBI, XP e UBS-BB.
A empresa informou que haverá esforços para colocação das ações no Brasil e no exterior. O objetivo é a listagem da companhia no Novo Mercado da B3.
Na venda secundária de ações, os sócios Paulo Sérgio Menezes Garcia e José Roberto Menezes Garcia vão se desfazer de parte de seus papeis. O Broadcast apurou que a operação pode movimentar ao todo R$ 1 bilhão, em venda de ações primária e secundária.
A companhia é a líder em vendas, com 13,1% de market share nacional, no segmento de suprimentos para escritório e material escolar, mercado que movimentou aproximadamente R$ 17,6 bilhões em 2019.
A Kalunga possuía, em 30 de setembro de 2020, um portfólio com 222 lojas próprias, crescimento de 28% frente ao portfólio de lojas em 2017 (174 lojas), instaladas em shopping centers e pontos estratégicos de rua, distribuídas em 101 cidades de 20 Estados brasileiros, além do Distrito Federal.
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2019, a Kalunga obteve receita líquida de R$ 2,098 bilhões, Ebitda ajustado de R$ 156,1 milhões e lucro líquido de R$ 240,7 milhões. No período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2020, a companhia obteve receita líquida de R$ 1,321 bilhão, Ebitda ajustado de R$ 77,2 milhões e lucro líquido de R$ 24,1 milhões.