A exchange Mercado Bitcoin anunciou nesta quinta (21) o recebimento de um aporte milionário de diversos players do mercado financeiro e que permitirá a exchange iniciar um plano de expansão internacional.
Desta forma, entre os novos investidores do Mercado Bitcoin estão o Fundo GP Inova, de GP Investimentos, Fundos Parallax Ventures e Sublimis, da Parallax Ventures, Fundo Évora, de Zé Bonchristiano; FIP de HS Investimentos; Banco Plural e Gear Ventures.
“(vamos) acelerar o projeto de internacionalização e ampliar a liderança como a maior plataforma de ativos digitais em blockchain da América Latina”, destacou o MB em um comunicado encaminhado ao Cointelegraph.
Mercado Bitcoin
Ainda segundo o MB com o aporte recebido no início de 2021, a startup planeja investir R$ 200 milhões para expandir a atuação internacional da startup com abertura de novas operações em países da América Latina.
Atualmente, o Mercado Bitcoin já atende clientes internacionais a partir da sua operação no Brasil.
Além da expansão internacional, a empresa vai investir em duas frentes importantes para a consolidação da liderança: a Bitrust, uma custódia qualificada com atendimento dedicado, que permitirá aos investidores institucionais acesso ao mercado de criptomoedas e ativos digitais.
O investimento também será destinado ao Meubank, carteira digital, em via de ser regulada pelo Banco Central, em que o cliente poderá guardar diversos ativos digitais (rewards, milhas, criptoativos, colecionáveis de games) e converter, investir, pagar contas e transferir dinheiro.
Em 2017, a startup recebeu o reforço de Reinaldo Rabelo, Roberto Dagnoni e Mauro Negrete, ex-executivos da B3, os quais estiveram à frente da venda da GRV para a Cetip e da Sascar para a GP. Arnaldo Rocha, sócio da DealMaker também se juntou ao time.
No mesmo período foi constituído um comitê consultivo composto por dez executivos de instituições tradicionais e em conjunto com os irmãos Chamati, o grupo começou a desenhar uma infraestrutura de mercado para garantir a capacidade de tokenizar, custodiar e negociar ativos digitais.
Esse foi o primeiro passo para a transformação do negócio. Na época a empresa contava com pouco mais de um milhão de clientes cadastrados e desde a sua fundação, já havia transacionado cerca de R$ 10 bilhões, com apenas quatro moedas digitais na plataforma.
2 milhões de clientes
Nos últimos dois anos, segundo a empresa, a quantidade de clientes saltou para 2,2 milhões e apenas em 2020 foram negociados R$ 6,4 bilhões na plataforma.
Somente em janeiro de 2021, a empresa afirma ter negociado mais de 50% de todo o volume de 2020.
No ano passado, o Mercado Bitcoin também dobrou de tamanho, saindo de 100 pessoas no time para mais de 200 pessoas e lançou o primeiro token ligado a futebol no mundo, o Vasco Token.
A empresa está com conversas avançadas com vários clubes para fazer novos tokens dessa natureza, baseados no mecanismo de solidariedade da Fifa. Ao mesmo tempo, obteve licença da CVM para operar a Clearbook, uma plataforma de crowdfunding para startups captarem recursos e para investidores que desejam uma nova forma de investimento.
“Queremos desenvolver o ecossistema cripto no Brasil e criar um mercado tão desenvolvido quanto o dos Estados Unidos. Para isso, queremos ser uma das cinco maiores bolsas digitais do mundo. Agora, vamos olhar também para os demais mercados, como Chile, México e Argentina, que têm uma cultura regulatória mais próxima da nossa. Nosso propósito de longo prazo é participar da construção de uma nova infraestrutura para o mercado financeiro (FMI), baseada em blockchain, smartcontracts e criptoativos”, explica Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin.
O MB destaca que para 2021, o plano é terminar o ano com mais de 300 pessoas no time além de atingir a marca de aproximadamente 3 milhões de clientes na plataforma.
Por Cassio Gusson