ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Recursos principais

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

Banco do Brasil (BBAS3): Lucro do BB soma R$ 13,8 bilhões em 2020, queda de 22,2%

LinkedIn

O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 13,884 bilhões em 2020, queda de 22,2% em relação a 2019 com impacto da pandemia.

Os resultados do Banco do Brasil (BOV:BBAS3)  referente a suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 11/02/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

Segundo o BB, o lucro foi influenciado, principalmente, pelo aumento da PCLD ampliada em 47,6%, impactada, principalmente, pela antecipação de provisões prudenciais que somaram R$ 8,1 bilhões. Apesar disso, o Resultado Estrutural cresceu 5,9% o que demonstra a resiliência do desempenho operacional no período.

Destaques positivos em 2020 foi o aumento da margem financeira bruta em 5,1%, Despesas Administrativas estáveis com variação de 0,1% e queda do risco legal em 51,1%. O RSPL foi de 12,0%.

4T20

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 20,1% ante igual período de 2019. Em relação ao trimestre anterior, contudo, houve expansão de 6,1%.

Segundo o relatório que acompanha o balanço do banco, a piora na comparação anual é explicada principalmente pelo aumento das provisões para créditos de liquidação duvidosa, no conceito ampliado, que cresceram 47,6% no quarto trimestre ante igual período de 2019, influenciadas pela antecipação de provisões prudenciais, que somaram R$ 8,1 bilhões. Já o crescimento verificado em comparação ao terceiro trimestre está relacionado à redução de 6,3% das provisões no conceito ampliado, à expansão de 1,5% nas receitas com prestação de serviços, ao avanço de 1,1% na margem financeira bruta. A carteira de crédito do banco chegou ao fim de 2020 com saldo de R$ 742 bilhões, alta de 1,5% em relação ao que tinha em setembro e de 9% em comparação ao nível de dezembro de 2019.

Para pessoa física, a carteira cresceu 3% em relação ao que tinha em setembro, principalmente em razão do desempenho do crédito consignado, que teve avanço de 4%, e do cartão de crédito, com alta de 15,9%. Na pessoa jurídica, houve avanço de 3,1%. O agronegócio teve desempenho mais tímido, com alta de 0,7%.

Inadimplência

O índice de inadimplência recuou para 1,9% no fim do ano, ante 2,4% em setembro e 3,3% em dezembro de 2019. A queda foi influenciada pelas prorrogações de contratos de crédito. O BB estendeu os pagamentos de parcelas referentes a R$ 130 bilhões em operações de seus clientes.

ROE e Patrimônio líquido

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido, refletida no indicador RSPL, atingiu 12,1% no último trimestre do ano passado contra 12% nos três meses anteriores. No ano, foi a 12% ante 17,3% em 2019. A pandemia dificultou ainda mais a batalha do BB para fechar a distância de retorno existente perante seus pares privados. Com o reforço no colchão para perdas, a rentabilidade foi prejudicada.

Receitas

As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 7,4 bilhões no quarto trimestre, com crescimento de 1,5% em relação aos três meses imediatamente anteriores, com destaque para convênios, cobranças e arrecadações. Na comparação com o intervalo de outubro a dezembro de 2019, houve queda de 1,6%.

Custos e Despesas

As despesas com PDD já deram sinais de melhora e recuaram 6,4% frente ao terceiro trimestre, totalizando R$ 5,2 bilhões. Porém, aumentaram 46,3% em relação ao mesmo período de 2019.

As despesas administrativas totalizaram R$ 8,1 bilhões no 4T20, crescimento de 3,7% em relação ao trimestre anterior. O aumento foi influenciado pelas outras despesas administrativas, com elevação de 7,7% na mesma comparação, e também pelo crescimento de 1,5% nas despesas de pessoal, devido ao reajuste concedido no acordo coletivo de trabalho em setembro de 2020. Na comparação anual, as despesas administrativas caíram 5,6%.

Juros sobre capital próprio de R$ 1,2 bilhão

O conselho diretor do Banco do Brasil  aprovou a distribuição de R$ 1,239 bilhão a título de remuneração aos acionistas sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP).

O valor por ação é de R$ 0,43547315560.

Guidance 2021

Para este ano, o banco prevê que terá um ganho líquido entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões, em termos ajustados. O número implica um crescimento de pelo menos 15,2% em relação ao resultado de 2020. O presidente do BB, André Brandão, afirmou que a instituição terminou dezembro mais preparado para continuar seus negócios após a pandemia e esforços de transformação digital. “Agora, cabe avançar e aprimorar a experiência do cliente. O setor financeiro passa por nível de competitividade que exige dos bancos estratégias totalmente focadas nos consumidores”, disse, por meio de nota.

A melhora esperada pela instituição financeira em 2021 virá principalmente de um menor volume de despesas com provisões contra perdas no crédito (PDD). A estimativa do banco é que elas voltem à normalidade e fiquem entre R$ 14 bilhões e R$ 17 bilhões em 2021, depois de terem atingido R$ 22,1 bilhões no ano passado em resposta à alta no risco de crédito na pandemia.

O banco também conta com um aumento de 2,5% a 6,5% na margem financeira no exercício atual — um desempenho não muito distante da alta de 5,1% alcançada no último ano. Por outro lado, a instituição vê um 2021 ainda modesto para as receitas de serviços, estimando que oscilem entre retração nominal de 1,5% e alta de 1,5%. Também é esse o intervalo previsto para as despesas administrativas.

Teleconferência

André Brandão, presidente do BB, afirmou que a reorganização institucional não envolve somente o fechamento de agências, mas toda a infraestrutura física e reforçou que nenhum município brasileiro ficará desassistido. “Estamos em 4.883 municípios. Após o plano, estaremos presentes em 4.883 municípios”, disse.

De acordo com o executivo, apesar do plano enxugar a rede de um lado, do outro, vai compensá-la com a abertura de outras estruturas. “De forma alguma, queremos desassistir nenhum cliente. Ao contrário, queremos mais clientes. Estamos crescendo”, afirmou. “Temos 18,3 mil pontos. Após o plano, serão 18,4 mil. Serão 100 pontos adicionados.”

O plano do BB prevê o fechamento de 360 pontos de atendimento, dos quais 112 são agências físicas.

“Qualquer município afetado e se por acaso tiver só uma agência só do BB, terá um correspondente bancário ou agência +BB antes de qualquer movimentação. Tudo será feito com diálogo com clientes, municípios e prefeitos locais”, explicou.

A redução de estrutura, conforme Brandão, será contrabalanceada com a abertura de 430 correspondentes bancários. Além disso, o banco está abrindo 28 agências “leves e especializadas”.

“Essas unidades têm capacidade de atuação mais forte que agência e a parte transacional se reduziu substancialmente. Com isso, conseguimos uma capacitação e atendimento mais forte”, disse Brandão.

Crise por anúncio com o presidente Jair Bolsonaro

No dia 11 de janeiro, o BB anunciou em fato relevante um plano de reestruturação do banco, que, entre outros pontos, envolve o fechamento de 112 agências e o corte de 5 mil funcionários por meio de programas de demissão voluntária.

À época, Bolsonaro não gostou do plano, após sofrer pressões de parlamentares, e considerou demitir Brandão. Contudo, o executivo e o plano foram mantidos.

O presidente do Banco do Brasil afirmou que a crise política causada pelo plano de fechar agências foi resultado de um “problema de comunicação” e reconheceu que é “razoável” haver preocupações por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro, de governadores e prefeitos. Segundo ele, o banco aprendeu que deve haver uma melhora de comunicação, “com ele diretamente”.

Brandão disse que ainda não conversou com o presidente Jair Bolsonaro desde o episódio, mas acredita que ele tenha entendido os objetivos do plano. “Eu pretendo, depois, com mais calma, explicar toda a agenda de eficiência, assim que a agenda dele permitir”, disse.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI comentou os resultados do Banco do Brasil no quarto trimestre de 2020 e a guidance para 2021, apontando que o lucro ficou em linha com sua estimativa, e 5% acima do consenso do mercado.

O banco diz avaliar que a guidance parece “razoável”, em linha com sua expectativa, deixando, no entanto, pouco espaço para revisões quanto a ganhos, já que a previsão está próxima ao consenso do mercado.

O Bradesco BBI alterou levemente seu modelo, deixando a expectativa para o lucro líquido em 2021 em R$ 1,74 bilhão, ou retorno sobre o patrimônio de 14%. Para 2022, prevê lucro líquido em R$ 18,5 bilhões, também 14% de retorno sobre o patrimônio.

Bradesco BBI mantém recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 44,00.

XP Investimentos

A avaliação da XP é de que o Banco do Brasil apresentou resultado regular, com ganhos em linha com as expectativas do analista Marcel Campos de R$ 3,7 bilhões (versus R$ 3,6 bilhões da XP e R$ 3,5 bilhões das 6 estimativas da Bloomberg), implicando em um pequeno ROE de 12%.

“O resultado foi ajudado pelos impostos, que vieram positivos devido à maior distribuição de juros sob capital próprio no trimestre, mas compensados ​​por maiores provisões operacionais, um problema antigo que pensávamos que estaria resolvido. No geral, acreditamos que o resultado era esperado e não deve atrair reações fortes por parte dos participantes do mercado”, avalia Campos.

A estatal ainda anunciou um guidance para 2021, com lucro de R$ 17,5 bilhões no meio da faixa (versus R$ 17,4 bilhões das 12 estimativas do Bloomberg). Na opinião do analista, embora o lucro fosse esperado no meio do guidance, a avaliação é de que seja negativo tanto nas receitas de serviços quanto nos custos.

“Em termos das receitas de serviços, o BBAS já havia caído 2% em 2020 devido à menor atividade econômica, mas é o banco com ambos: i) a menor penetração das tarifas de varejo, uma vez que os clientes têm menor penetração de produtos; e ii) o banco de atacado com pior desempenho. Como ambas as áreas tinham espaço para melhorias, esperávamos que as receitas de serviço do Banco do Brasil tivessem um desempenho melhor em 2021 do que seus pares, não o contrário”, avalia.

Em relação aos custos, o banco divulgou que seu programa de desligamento voluntário superou ao chegar a 5,5 mil funcionários, o que já deve dar ao banco uma vantagem na redução de custos. “Como a orientação implica até mesmo em um aumento nos custos para 2021, acreditamos que os participantes do mercado podem se perguntar sobre a capacidade da administração de reduzir as estruturas físicas do banco em face dos desafios políticos”, avalia.

Pensando em investir no Banco do Brasil?

O Banco do Brasil é a primeira instituição financeira bancária do Brasil, fundado em 1808. Possui mais de R$ 1,4 trilhões em ativos, caracterizando um dos 4 maiores bancos brasileiros com capital aberto.

→ O Banco do Brasil é uma instituição financeira brasileira cujo Governo Federal detém participação. O Banco possui valor de mercado de R$ 96,7 bilhões. Confira a análise completa da empresa com informações exclusivas.

Não deixe de assistir o Trends ADVFN: Os desafios do Pix e a CIEL3, ITUB4, SANB11, TOTS3

Governança Corporativa

O BB é negociado no Novo Mercado da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão (desde 2006), segmento que reúne empresas com padrão altamente elevado de governança corporativa. Somos o único banco listado nesse segmento.

Composição Acionária

BB

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações do Banco do Brasil oscilaram entre a mínima de R$ 21,91 e a máxima de R$ 52,36. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 0,38%, negociada a R$ 33,94. No pregão após a divulgação do resultado, o papel caiu 0,56%, negociado a R$ 33,75.

Confira o histórico do Banco do Brasil (BBAS3)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 34,28 34,50 33,20 33,98 12.775.000 -0,53 -1,55%
1 Mês 37,20 37,45 32,52 34,36 18.438.195 -3,45 -9,27%
3 Meses 34,59 40,56 32,52 36,24 17.765.860 -0,84 -2,43%
6 Meses 34,00 40,56 29,16 33,99 17.177.904 -0,25 -0,74%
1 Ano 51,87 52,36 21,91 33,17 19.037.257 -18,12 -34,93%
3 Anos 38,05 55,91 21,91 38,55 14.207.915 -4,30 -11,3%
5 Anos 13,20 55,91 12,70 34,91 12.184.072 20,55 155,68%

 

Deixe um comentário