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Bitcoin buscando seu lugar ao sol no mercado – e conseguindo!

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Ah, o Bitcoin BTC=BTSP! Desperta paixão, curiosidade, ódio, levanta intriga, dá tranquilidade… É algo ambíguo, mesmo nos dias de hoje. Mas será mesmo? Não estamos vivendo uma maturidade do criptoativo?

Vale lembrar que o Bitcoin atingiu um novo recorde de valor, chegando muito perto dos 50 mil dólares agora, em fevereiro de 2021, quando Wall Street e Main Street seguem sua saga voraz de adoção da criptomoeda em um cenário mundial. O Bitcoin ficou a 48,7 mil dólares na manhã de domingo, dia 14 de fevereiro, mostrando crescimento de mais de 3%. Estamos falando de um crescimento de quase 70% em apenas um ano!

Para entender melhor o que está acontecendo, o nosso jornalista Aroldo Glomb conversou com Julian Lanzadera, que é head de Business Development Latam. Vale a leitura – é bem esclarecedora a entrevista!

ADVFN – A criptomoeda poderia chegar a US$ 50.000 antes de março devido à alta demanda de investidores institucionais por Bitcoins?

Julian Lanzadera – Não dá para descartar essa hipótese até março, mas afirmar isso em um curto prazo, pouco menos de um mês, seria arriscado, pois iria estimular uma eventual corrida. Mas é possível, sim, que o Bitcoin chegue até esse patamar até março.

ADVFN – Qual o cenário então?

Julian Lanzadera – O cenário é de apreciação no médio e longo prazo. Qualquer gestor pode comentar a mesma coisa. O cenário macroeconômico de expansionismo monetário e a inflação fazem as pessoas buscarem ativos alternativos, e o Bitcoin é a melhor aposta, por ser deflacionário e escasso através de uma programação digital em um protocolo matemático. É a preservação de quem está investindo no patrimônio.

ADVFN – Na mesma linha, podemos afirmar que a criptomoeda continuará crescendo no futuro, mesmo se houver uma queda temporária associada à realização de lucros dos investidores?

Julian Lanzadera – Esse ponto de crescimento tem duas vertentes. Uma é a apreciação do preço no tempo e outra é o crescimento da adoção. Essas vertentes não estão necessariamente interligadas. A tendência é um crescimento e o aumento de adoção até que o ciclo de Bitcoin seja aceito como forma de pagamento.

ADVFN – A liquidez aumenta e a volatilidade diminui?

Julian Lanzadera – Correto, porém isso vai acontecer mais adiante, conforme haja essa maior liquidez para o criptoativo, com mais pessoas dispostas a comprar e vender. É difícil afirmar que vai crescer ad eternum, pois existem questões de segurança envolvidas, tem a criptografia do protocolo matemático não ser corrompido nesse tempo. Não é possível afirmar categoricamente que vai crescer para sempre. Mas, em termos de adoção, de tecnologia, está bem o início, tanto pelas pessoas quanto pelo mercado em geral. A tendência é que siga crescendo, sim. O que dá para afirmar é que esse caminho será acompanhado de volatilidade e, por sua vez, trará novas oportunidades.

ADVFN – A força da criptomoeda já a qualifica como um porto seguro em substituição ao ouro, por exemplo?

Julian Lanzadera – Tudo leva a crer que o Bitcoin já está concorrendo com o ouro pelo market share como ativo de segurança, mas ainda não é suficiente para substituí-lo. As análises do mercado indicam que o market share do ouro está diminuindo e seguindo para o Bitcoin. O mercado já fez essa análise, com grandes fundos passando a negociar a criptomeda no mercado futuro.

ADVFN – Ou seja, teremos uma concorrência forte ao ouro?

Julian Lanzadera – O ouro é milenar, no Brasil data do século XVII. Então, ainda tem esse efeito. O Bitcoin não deve substituir, mas pegar uma fatia de mercado sem dúvida.

ADVFN – Em uma tendência de PIX e demais movimentações do gênero alterando o modo como interagimos com cédulas de dinheiro, como este momento será lembrado no futuro das criptomoedas?

Julian Lanzadera – Este momento pode ser lembrado no futuro como aquele em que a sociedade deu um passo mais assistido para se tornar uma cashless society, economia na qual não circula moeda em espécie, somente na forma digital. É uma época em que a população sem banco começa a se familiarizar com essas aplicações, seja PIX ou qualquer outro modo de movimentação digital de dinheiro.

ADVFN – Mas o começo é promissor, não é mesmo?

Julian Lanzadera – A circulação digital segue uma curva de adoção que ganha força. Na pandemia, por exemplo, começaram a surgir contas digitais para receber o auxílio emergencial. Talvez seja o estopim para o amadurecimento e início dessa movimentação. Conforme aumenta a velocidade da curva de adoção, no futuro poderemos perceber que este é o início de tudo, muito pela criação de ferramentas como o PIX.

ADVFN – Há uma maior movimentação de investidores institucionais, isso é fato. Com essa procura institucional, aumenta a credibilidade e a liquidez para o Bitcoin?

Julian Lanzadera – Sem sombra de dúvida aumenta a credibilidade e a liquidez do mercado. A credibilidade cresce obviamente pelo processo de tomada de decisão de muitas empresas listadas na Bolsa, por exemplo, que é completamente diferente de um processo de tomada de decisão de qualquer indivíduo. Basta abrir uma conta. Então, para uma instituição tomar uma decisão de entrar nessa classe de ativo e diversificar seu patrimônio fazendo o movimento de tesouraria, precisa passar por diversos crivos rigorosos neste momento, não é da noite para o dia.

ADVFN – Já começou então?

Julian Lanzadera – Vem acontecendo desde meados do ano passado, como um movimento gradual de mercado cercado por discussões de alto nível que validam essa tomada de decisão nas mais variadas esferas de uma empresa, começando pela diretoria e passando eventualmente por um conselho de administração e um conselho estatutário. A credibilidade aumenta por ser uma demonstração de que empresas sérias validam essa classe de ativos.

ADVFN – E sobre a liquidez?

Julian Lanzadera – Liquidez também. Em um primeiro momento, retira-se a liquidez do mercado, pois os novos entrantes institucionais têm uma visão de longo, médio e até mesmo curto prazo. Espera-se que o ativo oscile 20% no mesmo dia. Entram com volumes altíssimos e com perspectivas de longo prazo, mas, se eles enxergarem a oportunidade de fazer uma nova compra, as empresas vão ao mercado quando há uma baixa.

ADVFN – Mas essas oscilações são esperadas?

Julian Lanzadera – No início, a liquidez é retirada um pouco, mas posteriormente contribui para dar uma maior liquidez no mercado pelo tamanho dessas empresas, providenciando mais liquidez no futuro.

ADVFN – A tecnologia do Bitcoin é bastante segura, mas, por se tratar de investimentos de renda variável, o Bitcoin apresenta variação de preço constante. Ainda percebemos variações de 20% do seu valor em um dia, por exemplo. Qual é o caminho do Bitcoin em 2021? Como a moeda deve ser encarada pelos investidores?

Julian Lanzadera – Espera-se a continuidade gradual do aumento de participação nessa classe de ativos alternativos, tanto por parte das pessoas quanto de empresas, devido ao cenário de expansionismo de inflação e de juros baixos que estamos vivenciando. O Bitcoin é um ativo alternativo, dadas as características dele com relação ao mercado e por ser superlíquido. Em momento de estresse macroeconômico, ele historicamente tende a proteger o patrimônio que está sendo investido nele.

ADVFN – Mas o mercado entende essa escassez como algo bom ou ainda precisa de mais tempo?

Julian Lanzadera – Pelo fato de ser escasso e estar programado e desinflacionado, pois a oferta primária é reduzida a cada quatro ou cinco anos, esse ativo tem boas perspectivas. A exposição a ele pode entregar resultados em médio, longo ou curto prazo. O ciclo de crescimento está longe do fim. Está apenas começando. E essa tecnologia foi iniciada em 2008, tem muito espaço de crescimento para adoção e aplicação.

ADVFN – E o Bitcoin como forma de pagamento? Qual a realidade?

Julian Lanzadera – Não acredito no Bitcoin como meio de pagamento ainda. É um ativo muito volátil, é difícil precificar como unidade de compra para um bem ou algum serviço. Mas, na medida em que essa volatilidade, dentro de alguns anos, se estabilize, o Bitcoin poderá ser usado como meio de pagamento.

ADVFN – Então, o Bitcoin hoje é o quê?

Julian Lanzadera – Hoje, o bitcoin deve ser encarado pelo investidor como uma reserva de valor. Qualquer bom investidor deve ter em sua carteira, concorrendo com o citado ouro nesse propósito.

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