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Gerdau (GGBR4): números reforçam perspectiva positiva para o setor com lucro líquido de R$ 2,3 bilhões em 2020, alta de 96%

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A Gerdau divulgou lucro líquido de R$ 2,38 bilhões em 2020, uma evolução de 96% em comparação com o ano anterior.

Os resultados da Gerdau (BOV:GGBR3) (BOV:GGBR4) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 24/02/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

A empresa apresentou bons números e reforçou a perspectiva positiva para o setor.

No ano, o Ebitda alcançou R$ 7,69 bilhões, alta de 46% no comparativo a 2019.

Em 2020, a receita líquida ficou em R$ 43,8 bilhões, alta de 11% ante R$ 39,6 bilhões em 2019.

4T20

A Gerdau registrou lucro líquido de R$ 1,057 bilhão nos últimos três meses de 2020, um salto de 939% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em termos ajustados, o lucro ficou em R$ 1,2 bilhão, ante R$ 61 milhões um ano antes.

O Ebitda ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – cresceu 169% ano a ano, para R$ 3,056 bilhões, com margem Ebitda ajustada em 22,4%, de 11,9% um ano antes.

“Esse resultado demonstrou a capacidade das equipes de capturar oportunidades, aliada ao melhor momento vivenciado pelo setor de aço global. Cabe ressaltar que este é o melhor Ebitda registrado para um quarto trimestre na história da companhia”, informou a siderúrgica.

A receita líquida da Gerdau, por sua vez, saltou 43%, indo de R$ 9,5 bilhões para R$ 13,6 bilhões.

De acordo com a empresa, a receita, os lucros e o Ebtida foram influenciados pela depreciação do real, que caiu 31% na comparação com o dólar ao longo do ano, tendo impacto positivo na conversão do que é produzido pela empresa na América do Norte, que representa 38,7% da receita da companhia e também pelo melhor desempenho das vendas no mercado interno.

Houve ainda, segundo a Gerdau, uma “recomposição das margens”, em razão do aumento dos custos da matéria-prima, com o minério de ferro avançando 69% na base anual e a sucata avançando 69%.

Dividendos

A Gerdau informou que vai pagar dividendos de R$ 0,13 por ação a seus acionistas referente ao exercício de 2020. Segundo a companhia, os pagamentos serão realizados no dia 25 de março. Pelos cálculos da companhia, o pagamento dos dividendos devem somar R$ 221,15 milhões.

Investimentos para 2021

Em comunicado, a Gerdau ainda informou que pretende investir em 2021 os recursos que estavam previstos para 2020 e que acabaram não acontecendo por conta da pandemia da Covid-19. Com isso, a projeção de investimentos para este ano passou de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,5 bilhões.

“Uma vez que a capacidade da companhia investir está diretamente relacionada à sua geração de fluxo de caixa livre, que tem tido um desempenho bastante favorável, a companhia aprovou uma revisão de seu plano”, disse a empresa.

Aumento na produção de aço

A Gerdau anunciou que a sua produção de aço chegou a 3,37 milhões de toneladas no quarto trimestre de 2020, alta de 14% no comparativo com o mesmo período de 2019. Em todo 2020, a siderúrgica produziu 12,19 milhões de toneladas, uma queda de 2% em relação ao ano anterior.

Já as vendas de aço somaram 3,21 milhões de toneladas no 4º trimestre de 2020, uma evolução de 5% no comparativo com o mesmo período de 2019. No ano passado, a Gerdau comercializou 11,46 milhões de toneladas, recuo de 5% em relação a 2019.

“No quarto trimestre, a produção de aço bruto apresentou aumento em relação ao quarto trimestre de 2019, em razão da continuidade da retomada da demanda nos diferentes países em que a companhia atua. As vendas de aço no período apresentaram aumento em relação ao quarto trimestre de 2019, com destaques para o mercado interno da unidade Brasil e para a unidade América do Norte. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, a estabilidade dos volumes em um trimestre sazonal teve como destaque o melhor desempenho da unidade Aços Especiais e da unidade América do Norte”, informou a Gerdau.

Teleconferência

De acordo com o presidente do grupo Gerdau, Gustavo Werneck, a retomada da economia brasileira deve se acelerar neste ano. Segundo ele, todos os mercados em que a siderúrgica atua deverão apresentar desempenho positivo em 2021. Com isso, as vendas de aço no mercado interno podem crescer entre 8% e 10%.

Em 2020, a empresa vendeu no Brasil 5,21 milhões de toneladas de aço, o que representou declínio de 7% em relação a 2019 em função da retração da demanda no pico da pandemia. “Vai ser um ano de resultados consistentes. Na construção civil, por exemplo, ainda não se conseguiu recuperar os níveis de estoques na cadeia, que estão abaixo do que deveria estar.”

Os estoques, conforme o executivo, na cadeia de aços longos estão em 75% do nível regular. Já no segmento de planos, 50% do normal. “O giro está em torno de 1,5 a 2 meses e a média histórica é de 3 meses. Acredito que a normalização ocorrerá ao longo dos próximos meses, a medida que a capacidade de produção das usinas volte de forma mais consistente”, disse Werneck.

A demanda global por aço também deverá se manter forte neste ano fazendo com que os preços fiquem equilibrados no Brasil e no mercado internacional. Segundo ele, os prêmios entre o material importado e o produzido no Brasil está entre 5% e 15%, tanto no vergalhão como na bobina a quente (BQ).

“Ocorreu aumento significativo dos custos de minério de ferro e na sucata no ano passado. Este ano, vamos ter um preço mais equilibrado no mercado internacional, e isso pode mitigar um pouco os custos altos. Não vejo uma redução das despesas no curto prazo”, disse Werneck.

O executivo ressaltou que, com a maior demanda e a recomposição dos custos de produção, a Gerdau conseguiu no ano passado uma margem Ebitda de 30,9% na operação brasileira, a maior desde de 2009. “Há 11 anos estamos perseguindo essa margem.”

Quanto aos investimentos, Werneck afirmou que as operações no Brasil e nos Estados Unidos são a prioridade da companhia. No Brasil, o foco é melhorar a eficiência das mini mills, da usina de Ouro Branco e da mineração. Já nos EUA, o executivo disse que a meta é reduzir a diferença de custos que existe entre a Gerdau e competidores locais. “O custo estava maior em US$ 30 e hoje é de US$ 15 a tonelada produzida. Conseguimos ganhar um pouco de eficiência nas operações.”

VISÃO DO MERCADO

Segundo analistas, o bom resultado foi puxado principalmente pelo mercado brasileiro, onde, segundo destacou o Itaú BBA, os preços sobre o volume interno aumentaram 25% no trimestre e levaram as margens a 31%, o melhor resultado na divisão dos últimos 12 anos.

Bank of America 

Os analistas Timna Tanners e Leonardo Neratika apontam que a companhia reportou melhores perspectivas para os segmentos de aços especiais. O aço especial deve se beneficiar ainda de uma melhor perspectiva para o setor automotivo no Brasil e nos Estados Unidos. O relatório destaca que a Gerdau está otimista também em relação à demanda do setor de construção nos dois países.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 3,06 bilhões superou as estimativas de R$ 2,1 bilhões, com margens “particularmente robustas” no Brasil e na América do Sul. O BofA afirma ainda que os preços ficaram acima das estimativas do banco, com alta de 4,6% na América do Norte e de 24% no Brasil. De acordo com o banco, os volumes da América do Norte aumentaram 11%, “apesar da fraqueza sazonal típica”.

O Bank of America elevou o preço-alvo das ações preferenciais da Gerdau para R$ 30, ante os R$ 26 anteriores. A recomendação foi mantida em neutra.

Bradesco BBI

A equipe do Bradesco BBI espera que a Gerdau se beneficie do forte ambiente de precificação do aço em todas as regiões, além da sólida demanda de aços longos no Brasil e das margens saudáveis nos EUA.

“Embora seja cedo para definir o preço de qualquer recuperação da demanda impulsionada por infraestrutura nos EUA, acreditamos que a probabilidade de um programa de infraestrutura substancial ser aprovado pelo novo governo Biden é alta”, afirmam os analistas indicando que as ações da companhia poderiam ser mais beneficiadas se esse assunto seguir em pauta.

Credit Suisse

O Credit Suisse destaca que, como os prêmios de paridade de importação para aços longos no Brasil estão próximos de zero e a demanda continua forte, é possível que aumentos adicionais de preços possam ocorrer nos próximos meses.

“Este cenário deve ajudar a Gerdau a manter um nível saudável de lucratividade e compensar os custos mais altos de matéria-prima”, afirma o banco.

Apesar do bom resultado e das projeções positivas, os analistas mantiveram uma recomendação neutra para os papéis da empresa.

“Em contraste com 2020, acreditamos que em 2021 o mercado brasileiro de aços planos deve superar os longos com um crescimento de 10% na comparação anual (contra 7% de crescimento para longos), e nossos números mostram que o mercado já precificou amplamente a grande recuperação dos resultados da Gerdau em 2021”, explicam os analistas.

De acordo com o Credit, hoje a ação da Gerdau é negociada a 6,0 vezes EV/Ebitda (múltiplo que divide o valor da empresa pelo seu Ebitda), o que está em linha com sua média histórica entre 6 e 6,5 vezes. Além disso, os analistas apontam que a empresa entrega um rendimento de fluxo de caixa de cerca de 8%, valor abaixo de seus pares.

XP Investimentos

A XP Investimentos aponta que o resultado ficou acima do esperado e os principais destaques foram exatamente os preços mais fortes nas unidades do Brasil e também dos EUA, o que resultou em margens saudáveis em praticamente todas as linhas do balanço.

“O fluxo de caixa livre foi de R$ 2,4 bilhões com o forte resultado operacional e redução do capital de giro. A dívida líquida atingiu R$ 9,9 bilhões (contra R$ 12,3 bilhões no terceiro trimestre), enquanto a alavancagem, medida pela razão Dívida Líquida/Ebitda, caiu para 1,25x, contra 2,07x no 3T20”, destacaram os analistas, mantendo uma recomendação de compra para as ações.

Pensando em investir na Gerdau?

A Gerdau é uma empresa siderúrgica brasileira. Possui operações em 12 países – nas Américas, na Europa e na Ásia. É a maior recicladora da América Latina transformando anualmente milhões de toneladas de sucata em aço.

→ A empresa de papel e celulose possui R$ 46,1 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

Governança Corporativa

A Gerdau é uma holding que controla as diversas operações de siderurgia da Gerdau. As ações GGBR referem-se à Gerdau e as ações GOAU referem-se à Metalúrgica Gerdau. Na nossa estrutura de governança corporativa a Metalúrgica Gerdau é uma holding que controla a Gerdau.

Outro fator importante é que a Gerdau tem maior liquidez em suas ações do que a Metalúrgica Gerdau.

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da Gerdau oscilaram entre a mínima de R$ 8,16 e a máxima de R$ 30,00. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 3,83%, negociada a R$ 25,73.

Confira o histórico da Gerdau (GGBR4)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 24,39 28,17 23,46 26,00 21.201.360 1,47 6,03%
1 Mês 23,84 28,17 22,82 24,64 15.147.922 2,02 8,47%
3 Meses 22,66 30,00 22,41 25,20 14.606.191 3,20 14,12%
6 Meses 19,44 30,00 19,01 23,14 14.148.190 6,42 33,02%
1 Ano 17,95 30,00 8,16 17,91 16.544.569 7,91 44,07%
3 Anos 16,86 30,00 8,16 16,60 13.579.399 9,00 53,38%
5 Anos 3,70 30,00 3,49 14,08 13.127.965 22,16 598,92%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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