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Petrobras ampliou para um ano o prazo em que a empresa calcula a paridade internacional de preços dos combustíveis

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A Petrobras ampliou recentemente para um ano o prazo em que a empresa calcula a paridade internacional de preços dos combustíveis, disseram duas pessoas familiarizadas com a decisão.

O comunicado foi enviado ao mercado pela empresa (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), nesta sexta-feira (05).

A mudança no prazo, que anteriormente era de três meses, aplica-se tanto ao diesel quanto à gasolina, como forma de evitar transferir a volatilidade dos preços internacionais para os consumidores, disseram as pessoas, que não quiseram ser citadas porque a informação não é pública.

A Petrobras não comentou o assunto imediatamente

É a primeira vez desde 2019 que o período utilizado internamente pela Petrobras para cálculo da flutuação de preços é divulgado.

Em 2018, o então presidente da Petrobras Pedro Parente renunciou após uma greve de caminhoneiros, descontentes com a política de reajustes diários da empresa.

A mudança foi feita na segunda metade de dezembro, disseram as pessoas, e a aconteceu em meio a ameaças de caminhoneiros de fazer greve nacional contra a alta do diesel.

Em 17 de dezembro, o presidente Jair Bolsonaro disse ao vivo que ligou para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para entender por que os preços do diesel subiram, e que ele estava fazendo o possível para ajudar os caminhoneiros.

O presidente da Petrobras disse na semana passada que as demandas dos caminhoneiros não são problema da Petrobras.

De outro lado, importadores privados dizem que a Petrobras está vendendo combustíveis com prejuízo, dificultando suas importações, uma alegação que a Petrobras nega.

Bolsonaro disse nesta sexta-feira que nunca atuou para interferir nos preços dos combustíveis da Petrobras.

Castello Branco disse que o governo federal nunca interferiu em políticas de preços de combustíveis da Petrobras ou assuntos internos da empresa.

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