Os preços do petróleo subiram quase 2% nesta quarta-feira e pairaram perto de seus níveis mais altos em cerca de um ano, depois que dados do governo mostraram que os estoques de petróleo dos EUA caíram para o menor desde março, enquanto a OPEP+ manteve seu acordo de corte de fornecimento.

Os futuros do petróleo Brent subiram 91 centavos, ou 1,6%, para US$ 58,37 o barril. O valor de referência atingiu US$ 58,94 o barril, seu maior valor desde fevereiro passado.

Os futuros do petróleo bruto US West Texas Intermediate (WTI) subiram 87 centavos, ou 1,6%, para US$ 55,63 o barril, após atingir US$ 56,33, o maior valor desde janeiro de 2020.

O atraso de ambos os benchmarks, em que os contratos para entrega de curto prazo são mais caros do que os fornecimentos posteriores, atingiu seu maior valor em pouco mais de um ano, em torno de US$ 2,30, indicando expectativas de oferta mais restrita.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram na semana passada para 475,7 milhões de barris, disse a Administração de Informação de Energia nesta quarta, o menor valor desde março. As taxas de utilização das refinarias, por sua vez, aumentaram 0,6 pontos percentuais.

“As refinarias estão de volta aos negócios, o que dá suporte para o petróleo”, disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group em Chicago. “Na Internet, este é um relatório de apoio.”

O mercado foi impulsionado por profundos cortes de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, que na quarta-feira, mantiveram sua política de produção de petróleo.

No dia anterior, um documento visto pela Reuters mostrou que a OPEP + espera que o mercado de petróleo seja deficitário ao longo de 2021, atingindo o pico de 2 milhões de barris por dia em maio.

“Apoiando o sentimento de alta estão os fundamentos de aperto. Antes da reunião ministerial de hoje, a OPEP + deu a entender que os estoques globais de petróleo cairão abaixo da média de cinco anos em junho ”, disseram analistas da PVM.

O mercado também foi estimulado pela notícia de que os democratas no Congresso dos EUA deram os primeiros passos para fazer avançar o plano de ajuda ao coronavírus de US$ 1,9 trilhão proposto pelo presidente Joe Biden sem o apoio republicano.

(Com informações da CNBC)