Dubai, Estados Unidos, Europa… O paradeiro do “empresário” Rodrigo Marques já foi muito especulado desde que a Atlas Quantum saiu do mercado brasileiro de Bitcoin levando consigo 15.000 BTC, ou R$ 4,7 bilhões em valores atuais.

A empresa, que nos últimos dois anos já ensaiou uma dezena de retornos ao mercado, agora finalmente se pronunciou sobre o sumiço de seu principal responsável, apesar de não dar pistas sobre onde estaria exatamente o CEO da empresa.

Na semana passada, a CNN Brasil exibiu uma reportagem sobre a Atlas Quantum e o desconhecido paradeiro do executivo, que desapareceu do mercado em 2019 depois do início do bloqueio de saques. Na época, 200.000 investidores levaram calote da empresa.

Em nota, a Atlas argumenta que “há uma maciça campanha de ódio contra a Atlas Quantum nas redes sociais”, com ex-cientes ameaçando a integridade física de funcionários, ex-funcionários e do CEO da empresa, Rodrigo Marques.

Além disso, a empresa ainda diz que “não é correto” dizer que Marques “desapareceu”:

“Não é correto afirmarem que ‘o dono da Atlas Quantum desapareceu’. O que existe é uma preocupação real com a integridade de Rodrigo Marques”

A empresa, proibida de atuar pela Comissão de Valores Mobiliários, ainda defende a criptomoeda sem lastro ou liquidez BTCQ, usada para supostamente quitar dívidas com clientes. A empresa ainda argumenta que “muitos clientes ganharam dinheiro” com a Atlas, sem citar o calote que prejudica mais de 200.000 pessoas desde 2019:

“Vale lembrar que muitos clientes ganharam dinheiro com a Atlas Quantum: o BTCQ, criptomoeda para a qual o saldo dos investidores foi convertido, tem proporcionado ganhos reais, embora ainda seja um ativo de valor inferior ao do BTC.”

A Atlas responde a mais de uma centena de processos na Justiça brasileira, muitos deles sem apresentar sequer defesa ou indicar advogados. Nestes casos, a empresa tem sido julgada à revelia.

Neste ano, o CEO da exchange brasileira Stratum, Rocelo Lopes, ofereceu uma recompensa de 10 BTC (US$ 570.000 em valores atuais) para quem desse pistas do paradeiro de Rodrigo Marques.

Por Lucas Caram