A BRF fechou uma parceria com a food-tech israelenses Aleph Farms para a produção de carne cultivada, ou seja, produzida em laboratório a partir de células dos animais. A expectativa é que o produto chegue às prateleiras em 2024.

O comunicado foi feito na manhã desta quinta-feira (04).

A implementação de práticas sustentáveis é cobrada por empresas, fundos de investimento e órgãos do governo e também pelos consumidores. A Aleph Farms disse o ciclo de produção desse tipo de carne é de quatro semanas, contra os três a quatro anos da pecuária tradicional.

O problema ainda é o preço: 1 quilo de carne de laboratório custa US$ 1 mil. Mas o diretor de inovação da BRF, Sérgio Pinto, disse que a expectativa é que em três ou quatro anos esse preço caia para US$ 5 o quilo.

Hoje, a empresa se reúne com representantes da Anvisa e do Ministério do Meio Ambiente para discutir as certificações, assunto que deve estar resolvido em meados do ano que vem.

Em consonância com o seu plano “Visão 2030” apresentado em 8 de dezembro de 2020, no qual uma das avenidas de crescimento mencionadas são os “substitutos de carne”, essa parceria fortalecerá a geração e diversificação de negócios para atender às crescentes demandas dos consumidores por uma maior variedade de proteínas alternativas.

Além do potencial comercial no mercado brasileiro, essa parceria também reforçará os compromissos de sustentabilidade, inovação e segurança alimentar adotados pelas duas empresas.

Lucro líquido de R$ 1,39 bilhão em 2020, alta de 14,6%

A BRF registrou lucro líquido de R$ 1,39 bilhão, elevação de 14,6% em relação a 2019, quando faturou R$ 1,21 bilhão.

A receita líquida cresceu 18% em 2020, para R$ 39,47 bilhões, ante R$ 33,44 bilhões em 2019. O ebitda recuou 2,5% na mesma comparação, para R$ 5,18 bilhões.