A CSU CardSystem celebrou contrato de investimento de R$ 10,0 milhões para aquisição de participação minoritária de 4,0% no capital da fintech Fitbank Pagamentos Eletrônicos.
O Comunicado foi feito ao mercado pela empresa (BOV:CARD3) na madrugada desta segunda-feira (29). Confira o documento na íntegra!
Com esse investimento a Companhia inaugura a estratégia de aquisição de participações em negócios complementares no ecossistema de pagamentos brasileiro, permitindo reforçar a atuação da Companhia junto a bancos tradicionais, bancos digitais, e outras instituições financeiras e não financeiras dos mais variados segmentos de atividade.
Atuaram na operação, pela empresa, Condere como assessora estratégica e financeira e Souza, Mello e Torres como assessor legal.
Quarta rodada de captação da FitBank
Fundada em 2015, em São Paulo/SP, a fintech oferece soluções completas de infraestrutura de meios de pagamento e Core Banking as a Service que, em julho de 2020, recebeu aporte do banco J.P. Morgan e acordo comercial de longo prazo para desenvolvimento de negócios com o Fitbank.
A fintech começou como plataforma de gestão de pagamentos “white label” – bancos, fintechs, fundos e varejistas podem oferecer para seus clientes conta digital e serviços financeiros, usando a tecnologia da fintech, mas cada um com sua própria marca. O modelo agora vai viabilizar maior customização da operação, conforme o contratante.
“A primeira parte de aceleração com esse capital é o crescimento da plataforma, com lançamento em breve do open source banking, que vai viabilizar de forma mais rápida e atendendo às exigências regulatórias o cliente que quer um banco digital”, afirma Otavio Farah, presidente do FitBank.
O sistema também vai viabilizar mais customizações do que a plataforma white label permite hoje. O FitBank já entrou com pedido de licença de sistema de pagamentos no Banco Central e parte, no segundo semestre, para uma estratégia ambiciosa de internacionalização.
Essa é a quarta rodada de captação. Serão R$ 30 milhões para o caixa, dos quais R$ 10 milhões vêm da CSU CardSystem e o restante de sócios atuais do FitBank. No grupo de sócios investidores do FitBank também estão os ex-sócios da XP, Marcelo Maisonnave, Pedro Englert e Eduardo Glitz.
A rodada deu ao FitBank um ‘valuation’ de R$ 280 milhões e, entre outras coisas, vai acelerar os planos de internacionalização no segundo semestre.
“Além do aporte financeiro e de se tornar acionista minoritário com assento no conselho, a transação com a CSU tem um vínculo estratégico, que é a parceria comercial de desenvolvimento de produtos. São duas companhias com perfis complementares”, diz João Chacha, sócio investidor e conselheiro do FitBank.
A CSU, companhia aberta avaliada em R$ 36,5 bilhões na bolsa, também fornece tecnologia para meios de pagamentos – mas é focada em cartões de crédito, enquanto a FitBank cresceu com atuação em outras modalidades de pagamento, que estavam fora do radar das grandes companhias.
“São duas companhias integrantes da indústria de pagamentos, com diferentes concentrações de negócios e especializações”, diz Ricardo Leite, diretor de relações com investidores da CSU, que será conselheiro da fintech.
Leite conta que o aporte do J.P.Morgan no ano passado atraiu a atenção da companhia para a fintech. A CSU tem uma base com 25 milhões de cartões e essa é sua primeira transação de compra de participação acionária em companhias com novos segmentos e tecnologias.
O FitBank movimenta R$ 2,3 bilhões por mês, entre 130 clientes – que, por sua vez, somam acesso de 35 milhões de usuários. Na CSU, são cerca de R$ 10 bilhões transacionados ao mês.
Unidades de negócio vão bem e lucro avança 74% em 2020, para R$ 46,8 milhões
A CSU Cardsystem registrou lucro líquido de R$ 46,8 milhões em 2020, avanço de 74%.
No ano, a receita líquida foi de R$ 456 milhões, incremento de 7,8%, decorrente, de acordo com a companhia, do bom desempenho de ambas as unidades de negócio: CSU Cardsystem e CSU.Contact.
O Conselho de Administração da CSU CardSystem aprovou o pagamento de proventos aos acionistas no montante bruto de R$ 2,8 milhões em juros sobre o capital próprio relativos ao 1º trimestre de 2021, detalhados abaixo. Tais valores serão imputados ao dividendo estatutário obrigatório do exercício de 2021, “ad referendum” da Assembleia Geral.