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Light (LIGT3): lucro líquido de R$ 493 milhões em 2020, alta de 178%

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A elétrica Light registrou lucro líquido de R$ 493 milhões em 2020, alta de 178% sobre 2019.

Os resultados da Light (BOV:LIGT3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 18/03/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

Em 2020, a receita líquida avançou 2,7%, para R$ 11,8 bilhões, e o Ebitda aumentou 28,3%, para R$ 2,2 bilhões.

4T20

A Light apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 235 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 48 milhões no mesmo período do ano anterior, contando com a ajuda do reconhecimento de montantes de um acordo relacionado ao déficit hídrico com o governo.

Na unidade geradora de energia da Light, houve um aumento relevante no lucro, em razão do reconhecimento do registro do ativo intangível referente ao acordo, no valor de R$ 433,8 milhões.

Empresas que aderem ao pacto têm obtido prorrogações de concessões e lançado valores positivos nos balanços referentes a receitas futuras.

Já a unidade distribuidora da Light registrou um lucro de R$ 41 milhões, frente a um prejuízo de R$ 46 milhões no mesmo período de 2019.

Entre os destaques operacionais, a Light encerrou o quarto trimestre com perda total sobre a carga fio (12 meses) em 25,92%, 0,07 ponto percentual abaixo do resultado observado em setembro de 2020.

Com relação ao volume de perdas (12 meses), observa-se uma queda de 95 GWh no quarto trimestre. O volume de perda total no ano de 2020 apresentou “importante” redução de 744 GWh, disse a Light.

A carga fio caiu 2,9% em relação ao quarto trimestre de 2019, explicada, principalmente, pela redução da energia transportada para outras concessionárias que fazem fronteira com a Light.

A elétrica disse que está observando aumento de demanda nos segmentos Residencial e Industrial, contrabalançado o Comercial, que ainda segue impactado pelos efeitos da pandemia, com recuperação mais lenta.

Teleconferência

A pandemia de covid-19 gerou um impacto de R$ 63 milhões nos resultados do quarto trimestre de 2020 da distribuidora de energia Light.

Em teleconferência com analistas nesta sexta-feira (19), o diretor financeiro e de relação institucionais da companhia, Roberto Barroso, explicou que, do total, R$ 15 milhões correspondem a perdas pela redução do mercado faturado e outros R$ 48 milhões foram fruto da extensão de prazo para pagamentos de contas de luz.

“Os resultados estimados da pandemia ainda pesaram bastante nos resultados da distribuidora”, comentou Barroso.

Durante conferência com analistas, o presidente da distribuidora, Nonato Castro, afirmou que a redução das perdas é um dos grandes desafios da Light. Ele destacou que a atual diretoria da companhia já se reuniu com o governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e com o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, para conversar sobre o assunto.

“Vamos fazer um projeto com a participação de vários representantes do estado. É um projeto de transformação, apoio às comunidades, que têm uma ausência enorme do poder público”, disse Nonato.

Segundo ele, uma mudança significativa nas perdas de energia da companhia pode levar cinco anos, mas melhorias vão ser observadas a cada ano. “Começar a reduzir definitivamente as perdas demanda um tempo. As empresas que tiveram sucesso não fizeram isso da noite para o dia. Mas já estamos avançando e detectando desvios que não eram tão comuns”, notou.

A companhia está trabalhando em um plano para redução de perdas que vai incluir frentes em comunidades e em regiões tradicionais. O projeto vai ser apresentado em um “Investors Day”, ainda a ser agendado.

Nonato explicou que o projeto vai incluir iniciativas de eficiência energética, assim como de treinamento de moradores de comunidades para atuar nos serviços da companhia. “Estamos também com parcerias com o poder público”, destacou o presidente da Light.

No caso de 2021, a distribuidora de energia vai expandir o combate às perdas de energia em 2021 nas áreas de risco, ao mesmo tempo que vai continuar com os trabalhos nas áreas chamadas de “tratamento convencional”.

“Temos encontrado hotéis, restaurantes e casas em áreas nobres com desvios de energia embutidos, por dentro das construções. Há potencial para se explorar nessas áreas, além do trabalho que vai ser feito nas comunidades”, disse o presidente da companhia.

A Light estima que 2/3 das perdas de energia em sua área de concessão estão em áreas especiais, ou seja, nas comunidades.

“Vamos atuar junto com as lideranças e populações das comunidades e com o poder público para tentar avançar [no combate às perdas] nessas áreas”, observou o diretor financeiro.

VISÃO DO MERCADO

BTG Pactual

O BTG Pactual afirmou que o resultado trimestral da Light teria sido muito melhor não fosse o impacto de eventos não recorrentes. Segundo a equipe de análise do banco, a empresa reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) forte, de R$ 1,29 bilhão.

“O resultado foi impactado por diversos itens não recorrentes: R$ 171 milhões de Valor Novo de Reposição (VNR), R$ 459 milhões do acordo judicial com Furnas, R$ 94 milhões de provisões referente à exclusão do ICMS do imobilizado e honorários advocatícios do processo de Furnas, e mais R$ 438 milhões de ajuste do risco hidrológico (GSF)”, diz o relatório.

Em base ajustada, sem os eventos pontuais, o Ebitda teria ficado em R$ 356 milhões, 13% acima da projeção do banco.

Ainda segundo o banco, apesar dos resultados melhores do que o esperado, o segmento de distribuição novamente ficou aquém das expectativas, com os ganhos gerais sendo impulsionados inteiramente pela geração, ajudada pela estratégia de alocação de energia e seu braço de comercialização.

“Embora os resultados em sua distribuição continuem mais fracos, ainda é cedo para esperar mudanças transformacionais por parte da nova equipe de gestão. O novo presidente só tomou posse no final de novembro e a oferta subsequente só foi concluída no final de janeiro”, diz o relatório.

Os analistas também disseram que a recuperação da Light não é uma tarefa simples e levará tempo. “Com o governo federal preocupado com o nível das tarifas de energia elétrica, um desfecho positivo para a disputa tributária PIS/Cofins parece menos provável e levanta preocupações sobre possíveis mudanças regulatórias no cálculo das perdas de energia”, diz.

BTG Pactual manteve a recomendação de compra das ações com o preço-alvo em R$ 24,00.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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