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Magazine Luiza (MGLU3): pressão nas margens leva a queda de 57,5% no lucro líquido em 2020; analistas apontam cenário promissor

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O Magazine Luiza encerrou 2020 com lucro líquido de R$ 391,7 milhões, queda de 57,5%. Já o o lucro líquido ajustado atingiu R$ 377,8 milhões, queda de 25,1% em relação ao ano anterior.

Os resultados da Magazine Luiza (BOV:MGLU3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 08/03/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

Na comparação entre os dois exercícios, de 2019 e 2020, o Ebtida apresentou queda de 14%, para R$ 1,527 bilhão. No ano passado, o Ebitda ajustado atingiu R$ 1,506 bilhão, queda de 9,3% em relação a 2019.

No acumulado do ano, houve um salto de 483% na despesa financeira, de R$ 70,4 milhões em 2019 para R$ 410,5 milhões em 2020. No padrão ajustado, seguindo a norma IFRS, a despesa financeira de 2019 foi de R$ 531,1 milhões, fazendo portanto que o indicador de 2020 apresente uma melhora de 22,7%.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, a receita líquida somou R$ 29,177 bilhões, uma alta de 46,7% sobre o ano anterior.

4T20

O Magazine Luiza encerrou o quarto trimestre de 2020 com alta de 30,6% no lucro líquido, para R$ 219,5 milhões.

No critério “ajustado”, sem considerar as despesas e receitas não recorrentes, o lucro líquido trimestral somou R$ 232,1 milhões, alta de 39,8% sobre outubro a dezembro de 2019.

A receita líquida da gigante do varejo atingiu R$ 10,065 bilhões no quarto trimestre de 2020, uma alta de 57,6% sobre o mesmo período de 2019.

O Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – apresentou alta de 1,1% entre o último trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020, para R$ 504,7 milhões.

Já o Ebitda ajustado do quarto trimestre atingiu R$ 523,8 milhões, alta de 5,6% sobre o mesmo período de 2019.

A despesa financeira do quarto trimestre melhorou 36,8%, para R$ 118,8 milhões.

A última linha do balanço só não foi maior devido ao aumento das despesas operacionais. As despesas com vendas da Magazine Luiza avançaram 47,6%, enquanto as gerais e administrativas tiveram aumento de 42,4%. As perdas em créditos de liquidação duvidosa cresceram 11,6%, para R$ 33,7 milhões.

A varejista destaca que, no último trimestre do ano, mesmo com a abertura plena das lojas físicas, o e-commerce continuou a crescer em ritmo acelerado e mais do que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior – alta de 120%. As vendas no conceito mesmas lojas, por sua vez, avançaram 11% nos últimos três meses de 2020, mesmo com a redução do auxílio emergencial. “Geramos R$ 2 bilhões de caixa no período (R$ 3 bilhões no ano). E aumentamos em 40% o lucro líquido”, afirma.

Fechamento de lojas e perspectiva para 2021

A administração da Magazine Luiza disse em mensagem aos investidores que a pandemia “ainda não é uma página virada” e que as medidas de isolamento social, que se acentuaram neste mês, terão impacto direto no desempenho das lojas no curto prazo.

“Com os pontos físicos fechados, deixamos de contar com a contribuição das vendas das lojas, ao mesmo tempo em que continuamos a arcar com boa parte de suas despesas fixas”, diz a diretoria da companhia na mensagem.

“Os efeitos temporários sobre a rentabilidade são inevitáveis”, diz a companhia, ponderando que as vendas nos canais digitais devem continuar fortes.

A empresa acredita que 2021 será o ano da logística para a companhia, com aceleração de investimentos, aumento do número de centros de distribuição e automatização da infraestrutura. A informação aparece na mensagem da diretoria, divulgada em conjunto com o relatório sobre o balanço de 2020.

O plano da empresa é converter suas mais de 1,3 mil lojas em “pontos de apoio logístico” para as empresas que vendem através de sua plataforma de marketplace. “Logística, distribuição e entrega de produtos vendidos pelos parceiros do marketplace.

VISÃO DO MERCADO

Apesar dos resultados do quarto trimestre da Magazine Luiza mostrarem novamente o poder do ecossistema omnicanal da empresa, cada vez mais focado em um amplo portfólio de produtos, a desaceleração do crescimento no comercio eletrônico e a maior concorrência devem pressionar as margens de lucro da varejista no curto prazo, disseram analistas nesta terça-feira.

A operação física da Magalu, como a empresa é conhecida, deve sentir a decisão de prefeitos e governadores de estender bloqueios e fechamentos do comércio nas maiores cidades do Brasil, disseram analistas do Bradesco BBI, BTG Pactual, XP Investimentos Credit Suisse e Safra em relatórios divulgados hoje.

O múltiplo, que mostra o cociente entre o valor empresarial e o volume bruto de mercadorias da Magalu, expressa o número de anos de vendas brutas necessárias para pagar a operação. Seu patamar alto, que analistas do BTG Pactual calcularam em 2,9 vezes, deixa as ações um tanto vulneráveis no curto prazo, apesar do cenário ainda forte para o longo prazo

Bradesco BBI

“A curto prazo, acreditamos que os resultados vistos não devem impulsionar as ações, uma vez que o múltiplo EV/GMV da Magalu de 2,73 vezes está agora bem acima dos pares do que antes”, disse Richard Cathcart, analista do Bradesco BBI.

Bradesco BBI mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 30,00.

Credit Suisse

O Credit Suisse afirmou que os resultados do Magazine Luiza para o quarto trimestre são “sólidos”, combinando forte crescimento e geração de caixa. O banco diz que o faturamento bruto e as receitas líquidas eram esperados tanto por suas previsões quanto pelas do mercado.

A receita líquida ajustada de R$ 232 milhões ficou acima da estimativa do Credit, de R$ 181 milhões.

Credit Suisse mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 24,97.

Guide Investimentos

O Magalu reportou um novo trimestre de muito sucesso, pautado no forte avanço do e-commerce total (+120,7% a/a), justificado não só pelo crescimento das vendas do estoque próprio, mas também as do marketplace. A empresa atingiu sua maior participação de mercado para o trimestre desde a sua fundação, especialmente pela boa performance do aplicativo, que contou com 33 milhões de usuários mensais.

A cia também apresentou melhora do desempenho de seu sistema logístico. Em nossa última conversa com a empresa, os profissionais da área de relação com investidor, afirmaram que o cenário estabelecido no ano de 2020, com a chegada da pandemia no país, impulsionou a curiosidade e frequência de uso do e-commerce, no entanto, a penetração no canal no Brasil ainda se encontra em níveis muito inferiores a dos pares globais, o que sugere que ainda existe um longo caminho a ser percorrido.

Ainda, o CEO da empresa, Frederico Trajano, afirmou que a varejista pretende agora investir em diferentes segmentos, que fortaleçam a sua presença em novos mercados e contribuam para que a companhia se torne o sistema operacional do varejo brasileiro, com foco na área digital.

Itaú BBA 

Itaú BBA acredita que as restrições podem impactar no curto prazo mas enxerga a empresa preparada para se beneficiar do E-commerce, mantendo crescimento sólido com multicanal.

Itaú BBA mantém recomendação de compra.

Safra

“Uma deterioração maior do que o esperado na margem bruta poderia compensar um cenário mais otimista, pelo menos até que os investidores tenham uma melhor compreensão do nível de rentabilidade da operação de marketplace”, disse Guilherme Assis, do Safra.

Safra mantém visão positiva no longo prazo e reitera recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 32,00.

XP Investimentos

“O Magazine Luiza reportou sólidos resultados referentes ao quarto trimestre de 2020 levemente acima dos nossos números, explicado tanto por um crescimento de GMV online acima das nossas estimativas e dos seus pares, como também por uma performance de varejo físico bastante resiliente, com crescimento de vendas mesmas lojas em 10,9% na base anual. Além disso, a Magalu divulgou uma prévia de crescimento para o primeiro trimestre de 2021, com o e-commerce crescendo triplo dígito baixo nos dois primeiros meses de 2021, mas com uma sinalização mais cautelosa para o varejo físico devido ao aumento de restrições”, destaca a XP Investimentos.

Para frente, apesar de ver manutenção do forte ritmo de crescimento do GMV do ec-ommerce nos primeiros meses do ano como positiva, os analistas da XP apontam que isso está em linha com as estimativas para o ano, com o crescimento de GMV online em em alta de 107% na base anual esperada para o primeiro trimestre de 2021.

No entanto, o cenário um pouco mais cauteloso para loja física dado o aumento de restrições relacionado ao Covid pode ser um risco negativo para as estimativas dos analistas da XP nesse canal (a expectativa é de crescimento nas mesmas lojas de 7,8% na base anual para o primeiro trimestre de 2021). Os analistas ainda avaliam que a ação negocia a múltiplos mais altos que suas concorrentes, como B2W e Lojas Americanas.

XP Investimentos mantêm recomendação neutra, com preço alvo de R$ 27,00 por ação para o fim de 2021.

Pensando em investir na Magazine Luiza?

A Magazine Luiza é uma rede varejista de eletrônicos e móveis. Possui mais de 1000 lojas, está presente em 18 estados do país e seu modelo de negócio hoje caracteriza-se como uma plataforma digital com pontos físicos.

Fundada em 1957, a Magazine Luiza está entre os maiores varejistas do Brasil, oferecendo produtos por meio de multicanais como lojas físicas, lojas virtuais, televendas, e-commerce e redes sociais. Confira a análise completa da empresa com informações exclusivas.

Governança Corporativa

As ações da Magazine Luiza são negociadas no Novo Mercado da B3. A empresa realizou o IPO no dia 02/05/2011.

Composição Acionária

ACIONISTAS QUANTIDADE DE AÇÕES PERCENTUAL
Controladores 3.793.697.828 58%
Ações em Tesouraria      35.128.376 1%
Ações em Circulação 2.670.100.644 41%
Total de Ações 6.498.926.848 100%

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da Magalu oscilaram entre a mínima de R$ 6,25 e a máxima de R$ 28,31. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em forte queda de 8,08%, negociada a R$ 23,10.

Confira o histórico da Magazine Luiza (MGLU3)

Período Abertura Máxima Míima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 24,29 25,70 23,10 24,39 50.396.980 -0,71 -2,92%
1 Mês 26,16 26,45 23,10 24,66 37.864.906 -2,58 -9,86%
3 Meses 24,16 27,07 22,95 24,78 33.748.685 -0,58 -2,4%
6 Meses 22,2575 28,31 21,0825 24,67 31.718.020 1,32 5,94%
1 Ano 9,755 28,31 6,25 21,50 23.147.126 13,83 141,72%
3 Anos 2,709 28,31 2,6859 18,37 10.695.383 20,87 770,44%
5 Anos 0,095152 28,31 0,095152 17,76 6.661.886 23,48 24.681,4%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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